A Warner Bros. adiou o lançamento de “Mulher-Maravilha 1984” para 14 de agosto devido à pandemia de coronavírus, que acabou fechando cinemas de todo o mundo. Inicialmente, o filme estava previsto para estrear em 5 de junho.
“Quando nós projetamos ‘Mulher Maravilha 1984’, foi com toda a intenção de ser visto nas telonas e estamos animados em anunciar que a Warner Bros. Pictures levará o filme aos cinemas em 14 de agosto”, explicou Toby Emmerich, presidente do estúdio em comunicado. “Esperamos que o mundo esteja em um lugar mais seguro e saudável até então”.
O estúdio também adiou indefinidamente a estreia de “Em Um Bairro de Nova York”, adaptação da peça de Lin-Manuel Miranda dirigida por Jon M. Chu (Podres de Rico), que estrearia em 26 de junho.
As produções se juntam a uma crescente lista de filmes que tiveram o lançamento prorrogado por causa da pandemia, incluindo “007: Sem Tempo Para Morrer”, “Mulan”, “Scooby! O Filme” e “Um Lugar Silencioso 2”.
A Universal Pictures decidiu lançar seus filmes em formato digital e nos cinemas simultaneamente, incluindo “Trolls 2”. Filmes do estúdio que já tinham estreado no cinema tiveram lançamento em formato digital antecipado.
Desde o início do surto de coronavírus, cinemas de todo o mundo estão sendo fechados, o que acaba prejudicando o desempenho dos filmes, acarretando em uma baixa bilheteria.
A sequência do filme de 2017 traz Gal Gadot de volta ao papel de Mulher-Maravilha, só que agora nos anos 80. Petty Jenkins, diretora do filme, explicou o motivo do filme se passar em 1984: “Por que 1984?”, questiona a cineasta. “É ótimo ver ela por lá, mas o mais importante, é que é meio que o auge da civilização ocidental e o sucesso do mundo onde vivemos as consequências agora.”
Entenda a pandemia de coronavírus
O surto do Covid-19 teria se originado em Wuhan, na China, em dezembro, quando foram reportados os primeiros casos. Desde então o número de casos do novo coronavírus cresceram exponencialmente, foram reportados em 410 mil nesta quarta-feira (25).
A Organização Mundial da Saúde classificou o novo coronavírus como uma “pandemia”, em 11 de março. A OMS define uma pandemia quando existe a disseminação mundial de uma nova doença para a qual a maioria das pessoas não tem imunidade.
O patógeno é proveniente de uma família de vírus que usualmente atacam o sistema respiratório. De acordo com o Vox, a maioria dos coronavírus infectam animais, mas cientistas ainda não sabem como o novo vírus passou a atingir seres humanos. Dois dos sete coronavírus que infectam humanos, SARS e MERS, podem causar pneumonia grave e até morte em cerca de 10% e mais de 30% dos casos, respectivamente. Enquanto os demais provocam sintomas mais leves, como um resfriado comum.
Até o momento, é relatado que o Covid-19 pode causar pneumonia e que também pode matar – mas, embora pareça ser menos mortal que o SARS e o MERS, ainda não está claro exatamente o quanto. Um relatório do Centro de Controle de Doenças da China, de 16 de fevereiro, que teria analisado 72 mil paciente com Covid-19 na China, apontou que a taxa de mortalidade da doença é de 2,3%. No geral, os pesquisadores caracterizaram 81% dos casos como leves e 19% como graves ou críticos. Porém, uma grande ressalva: esses dados vêm da China, e a taxa de mortalidade de casos tem sido diferente fora da China.
Quanto aos sintomas: nariz escorrendo, dor de garganta, tosse seca, febre e fadiga são mais comuns, enquanto falta de ar, dor de garganta e dor de cabeça em casos graves e menos comuns, segundo a OMS.
A China e a Itália se tornaram os países com maiores casos da doença. Os governos de ambos os países decretaram medidas para conter o avanço da doença. O país europeu determinou que nenhum cidadão deve sair de casa sem um formulário de justificativa, o governo italiano recomenda que as pessoas saiam de casa apenas para trabalho ou para atividades “essenciais”.
Na Europa medidas semelhantes foram adotadas pela Espanha e França, impondo confinamento nos países. No entanto, países como a Holanda vão adotar medidas diferentes, com o objetivo de promover a aquisição da “imunidade coletiva”, para que mais pessoas possam desenvolver naturalmente os anticorpos contra o patógeno, apesar disto ambos os países determinaram fechamentos de lojas, bares, restaurantes e cinemas, de acordo com informações da RFI.
No Brasil foram confirmados 2201 casos de coronavírus, de acordo com a Folha de S.Paulo. O presidente brasileiro e seus aliados estão em observação depois que o secretário de comunicação de Jair Bolsonaro testou positivo para o coronavírus. De acordo com o jornal, até o momento 18 pessoas do governo que tiveram contato com Bolsonaro estão infectadas com o Covid-19.