J.K. Rowling triplica comentários ofensivos e cita terapia de conversão

Por Redação Categoria Nerd
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Mais um dia, mais um comentário perturbador da autora de “Harry Potter”, J.K. Rowling. Dessa vez ela foi ao Twitter disparar 11 tweets em resposta à um seguidor que percebeu que ela havia gostado de uma publicação dizendo que “as prescrições hormonais são os novos antidepressivos”.

“Sim, eles são, por vezes, necessário e salva-vidas, mas eles devem ser um último recurso”, dizia a publicação que continuava criticando médicos que prescrevem remédios anti-depressivos e hormônios: “Preguiça pura para aqueles que preferem medicar a dedicar tempo e esforço para curar a mente das pessoas”.

Essa publicação parece ter tocado Rowling, que curtiu achando um novo grupo de pessoas para ofender: pessoas que tomam remédios para sua saúde mental. Mas quando foi questionada por várias pessoas, resolveu disparar uma série de publicações.

Rowling não pediu desculpas, pelo contrário escreveu que embora “tenha ignorado o tweet pornô para crianças na thread de arte deles”, juntamente com “ameaças de morte e estupro”, ela “não vai ignorar isso”.

Com “isso”, ela se refere a pessoas compartilhando captura de tela de um tweet que ela gostou. Ela não parou por aí e continuou chegando ao ponto de citar a terapia de conversão (que envolve eletrochoques e vergonha emocional para mudar a orientação sexual de uma pessoa) comparando ao uso de certos medicamentos. Parece inacreditável, mas você pode conferir a publicação abaixo:

“Eu escrevi e falei sobre meus próprios desafios de saúde mental, que incluem TOC, depressão e ansiedade”, tentou justificar. “Fiz isso recentemente no meu ensaio ‘TERF Wars’ [A guerra das feministas que excluem trans]. Tomei antidepressivos no passado e eles me ajudaram”.

Ela poderia simplesmente ter parado por ali, mas ela continuou agora citando a “terapia de conversão”, alegando: “Muitos profissionais de saúde estão preocupados com o fato de os jovens que lutam com sua saúde mental estarem sendo desviados para hormônios e cirurgias quando isso pode não ser do seu interesse”, ela escreveu. “Muitos, inclusive eu, acreditamos que estamos assistindo a um novo tipo de terapia de conversão para jovens gays, que estão sendo encaminhados para um caminho de medicalização ao longo da vida que pode resultar na perda de sua fertilidade e/ou da função sexual completa”.

A terapia de conversão abrange táticas que variam de vergonha emocional ao uso de choque elétrico e vômito induzido, tudo em um esforço para mudar a orientação sexual ou o gênero de uma pessoa.

Para quem não acompanhou os últimos acontecimentos de Joanne Rowling. Além de compartilhar desenhos de fãs, Joanne tem mantido um perfil (com 14 milhões de seguidores) bastante baixo no Twitter desde o início de junho, quando depois de anos curtindo publicações ofensivas, fez uma série de publicações ofensivas sobre mulheres trans, exigindo uma distinção entre mulheres e mulheres trans.

A autora da saga “Harry Potter” continuou tentando se explicar criticando àqueles que acreditam que o sexo designado de uma pessoa no nascimento não é “real”, aparentemente misturando sexo com gênero.

Joanne fez então um ensaio – extenso e longo com 3670 palavras – em seu site falando de seu interesse e “fascínio de escapar da feminilidade” apenas para reafirmar suas crenças ofensivas.

Como observa publicação do ComicBook, Joanne Rowling usa o pseudonimo de Robert Galbraith, uma alusão ao infame conhecido como “o homem que fritava o cérebro dos gays”. A publicação então argumenta que deveria se boicotar “Animais Fantásticos 3”: “J.K. ‘bilionária’ Rowling não merece mais nem um centavo do nosso dinheiro”.

As principais estrelas da franquia “Harry Potter” vieram publicamente apoiar as pessoas trans e se distanciar dos comentários ofensivos da autora, incluindo a estrela dos filmes “Harry Potter”, Daniel Radcliffe e Emma Watson. Até mesmos os sites de fãs da saga anunciaram que estão se distanciando de Rowling.

E isso tudo parece estar longe de acabar, visto que mais recentemente ela apagou até mesmo um elogio ao icônico autor Stephen King, depois que ele apoiou as mulheres trans.

Parece inacreditável, e por isso vamos finalizar citando um trecho da reportagem da Vulture: “Outro dia, outra oportunidade para Joanne Rowling ofender uma grande quantidade de pessoas por absolutamente nenhuma razão”, observa a publicação que acrescenta: “Apenas mais um dia na vida de Joanne”.

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