“Um Lugar Silencioso 2” terá lançamento adiado por causa do coronavírus

Por Redação Categoria Nerd
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A sequência de “Um Lugar Silencioso” terá o lançamento adiado por conta da crescente disseminação do coronavírus. John Krasinski, diretor e roteirista do filme, fez o anúncio nesta quinta-feira (12). O estúdio ainda não definiu uma nova data de estreia para o longa.

O suspense estrelado por Emily Blunt estava programado para começar a ser exibido em 18 de março deste ano em alguns países, enquanto no Brasil estava previsto para estrear em 14 de maio. Com isso, “Um Lugar Silencioso 2” se junta a “007: Sem Tempo Para Morrer” e “Pedro Coelho 2: O Fugitivo“, que tiveram os lançamentos adiados por causa do coronavírus.

“Para todos os fãs de ‘Um Lugar Silencioso'”, ele escreveu. “Uma das coisas de que mais me orgulho é que as pessoas disseram que nosso filme é um que você deve assistir juntos. Bem, devido às circunstâncias em constante mudança do que está acontecendo no mundo ao nosso redor, agora claramente não é o hora certa de fazer isso”.

“Por mais insanamente empolgados que estejamos todos para ver este filme… vou esperar para lançar o filme até que todos possamos vê-lo juntos!”, ele conclui. “Até breve!”

“Depois de muita consideração, e à luz da situação em andamento e em desenvolvimento sobre o coronavírus e as restrições às viagens e reuniões públicas globais, a Paramount Pictures prorrogará o lançamento mundial de ‘Um Lugar Silencioso: Parte II'”, diz o comunicado do estúdio. “Acreditamos e apoiamos a experiência teatral e esperamos levar esse filme para o público este ano, uma vez que tenhamos uma melhor compreensão do impacto dessa pandemia no mercado teatral global”.

A decisão acontece no momento em que cinemas por toda a Europa estão sendo fechados como medida de conter a disseminação do Covid-19. Desde o início do ano mais de 70 mil salas de cinema na China estão fechadas, enquanto na última semanas todos os cinemas da Itália foram fechados.

Entenda a epidemia de coronavírus

Bogotá, na Colômbia. Foto/Leonardo Munoz para a REUTERS

O surto do Covid-19 teria se originado em Wuhan, na China, em dezembro, quando foram reportados os primeiros casos. Desde então o número de casos do novo coronavírus cresceram exponencialmente, foram reportados em mais de 130 mil nesta quinta-feira (12).

A Organização Mundial da Saúde classificou o novo coronavírus como uma “pandemia”, na última quarta-feira (11). A OMS define uma pandemia quando existe a disseminação mundial de uma nova doença para a qual a maioria das pessoas não tem imunidade.

O patógeno é proveniente de uma família de vírus que usualmente atacam o sistema respiratório. De acordo com o Vox, a maioria dos coronavírus infectam animais, mas cientistas ainda não sabem como o novo vírus passou a atingir seres humanos. Dois dos sete coronavírus que infectam humanos, SARS e MERS, podem causar pneumonia grave e até morte em cerca de 10% e mais de 30% dos casos, respectivamente. Enquanto os demais provocam sintomas mais leves, como um resfriado comum.

Até o momento, é relatado que o Covid-19 pode causar pneumonia e que também pode matar – mas, embora pareça ser menos mortal que o SARS e o MERS, ainda não está claro exatamente o quanto.

Um relatório do Centro de Controle de Doenças da China, de 16 de fevereiro, que teria analisado 72 mil paciente com Covid-19 na China, apontou que a taxa de mortalidade da doença é de 2,3%.

Ação do governo chinês em Bozhou na província de Anhui. Foto/AFP

A China e a Itália determinou medidas para conter o avanço da doença. O país europeu determinou que nenhum cidadão deve sair de casa sem um formulário de justificativa, o governo italiano recomenda que as pessoas saiam de casa apenas para trabalho ou para atividades “essenciais”.

No Brasil foram confirmados 69 casos de Covid-19, de acordo com a Folha de S.Paulo.

Informações do Washington Post apontam que o presidente brasileiro e seus aliados estão em observação, depois que o secretário de comunicação de Jair Bolsonaro foi testado positivo para o coronavírus. Ele esteve no último sábado (7) com o mandatário dos EUA, Donald J. Trump.

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