O diretor por trás de “Luca”, Enrico Casarosa, explicou por que foi tão importante levar a equipe de animadores para a riviera italiana para fazer o mais novo filme animado da Pixar. “Luca” é uma história de amadurecimento de dois jovens garotos/monstros-marinhos, descobrindo a si mesmos enquanto vivem o verão de suas vidas em uma cidade que é radicalmente e violentamente contra seres como eles.
Com o intuito de tornar o filme “único” e reproduzir da melhor maneira possível a sensação, textura e detalhes “maravilhosamente único e específico” da riveira italiana, o diretor italiano contou que precisava que as águas, praias e outros detalhes fossem a imagem perfeita do que você realmente encontraria na Itália e, por isso, foi necessário levar a equipe do filme até lá.
“Tem essa cor da água – é por isso que eu tive que levar a equipe lá para mostrar a eles”, ele explicou em uma entrevista para o SYFY Wire. “Tem azul cobalto e [também] é bastante íngreme. Tem montanhas e mar. É maravilhosamente único e específico. Todas as praias têm muitos seixos em vez de areia, por exemplo”.
Casarosa diz que até “os sons são diferentes” por lá. “Quando decidimos escolher o som das ondas, foi muito difícil encontrar o certo. Demorámos um pouco. Há alguns ecos de ‘A Pequena Sereia’, mas eu sinto que a especificidade de trazer um mundo verdadeiro e encontrar os verdadeiros detalhes maravilhosos é o que o separa”, ele diz.

Casarosa vai mais longe ainda, explicando como os detalhes únicos da casa submarina de Luca acabou se encaixando perfeitamente nos temas centrais do filme de crescer e se encontrar. “Quando você está nele, não consegue ver muito longe e pensamos: ‘Perfeito! Temos uma criança que quer mais. Temos uma criança cujo mundo não deveria ser expansivo’”, pontua o diretor.
“‘É lindo, é colorido, mas e se preenchermos esse belo contraste quando ele estiver lá fora na superfície?’ Então, usamos esses contrastes a nosso favor. Agora os sons são nítidos, o foco está ao redor dele e, portanto, adorei poder brincar com o contraste ali também”, acrescenta Casarosa.
“Luca” marca a primeira vez que Casarosa, que escreveu e dirigiu o conhecido curta-metragem da Pixar, “La Luna”, dirigirá um longa-metragem, mas definitivamente ele esteve envolvido em muitos outros projetos da Pixar, incluindo “Viva: A Vida É Uma Festa”, “Up: Altas Aventuras” e “Ratatouille”, nos quais ele atuou fazendo os stroyboards.
A história de “Luca” gira em torno de Luca Paguro, um menino monstro marinho com a capacidade de assumir a forma humana em terra, que passa um verão inesquecível com seu melhor amigo (e também monstro marinho) Alberto Scorfano e sua melhor amiga humana Giulia Marcovaldo, enquanto se descobrem experimentando uma aventura de verão e de mudança de vida em Porto Rosso, uma cidade na Riviera italiana nos anos 1950-1960 que é violentamente contra seres como Luca e Alberto.
O filme é descrito como “uma história de amadurecimento sobre um garoto experimentando um verão inesquecível, repleto de gelato, massas e passeios intermináveis de scooter” com seu melhor amigo.
“Esta é uma história profundamente pessoal para mim, não apenas porque se passa na Riviera italiana onde eu cresci, mas porque no centro deste filme é uma celebração da amizade”, disse Casarosa anteriormente sobre o longa. “As amizades de infância geralmente definem o curso de quem queremos nos tornar e são esses laços que estão no centro de nossa história em ‘Luca’”.
“Portanto, além da beleza e charme do litoral italiano, nosso filme apresentará uma aventura de verão inesquecível que mudará fundamentalmente Luca”, Casarosa completa.
“Luca” está atualmente disponível para todos os assinantes do Disney+, depois de uma estreia limitada em 18 de junho de 2021 pelo “valor adicional” de R$ 69,90 na sessão chamada Premier Access, onde estreou filmes como “Raya e o Último Dragão”, “Cruella” e “Viúva Negra”.