“Soul”, da Pixar, foi bem recebido não apenas por sua história, mas também por sua música. Trent Reznor e Atticus Ross foram dois dos três principais compositores que trabalharam no filme (Jon Batiste foi o terceiro, que fez a trilha sonora das peças de jazz do filme), e eles recentemente compartilharam como sua experiência de fazer trilhas para “Soul” se diferencia de trabalhar em projetos em live-action anteriores.
Falando recentemente com o Consequence of Sound, os dois compositores revelarem que escreveram músicas suficientes para “Soul” que seriam suficientes para seis filmes diferentes. Eles também contaram como componentes-chaves do filme animado da Pixar foram completamente mudados em um processo para tornar a história a melhor possível, o que se diferencia muito do processo de filme em live-action, que raramente permite revisitar e revisar totalmente as cenas depois de filmá-las.

“Há um entusiasmo infantil, positividade e abertura, em que, com bastante frequência, durante o processo, começamos a trabalhar com histórias animadas muito rudimentar que fazem um trabalho surpreendentemente bom de transmissão ao assistir o filme, com dublagem temporária e música temporária, e você obtém um senso real de como a imagens vai ficar”, explica Reznor sobre o processo de produção de “Soul”, da Pixar. “Eles então mostram uma animação para toda a equipe, e quero dizer centenas de pessoas e o [escritor e diretor] Pete Docter sentariam por três horas e ouviriam todos os comentários; tipo, ‘Você gostou disso? Gostou daquilo? faz sentido… Preencha esta parte aqui’. E então dois meses depois, há um filme que pode ter um final radicalmente diferente; um e meio personagem novo que entra no processo. E esse é o tipo de processo fluído que pode não haver mais tarde se você estiver filmando atores em um set”.
O número de mudanças no processo significou que muitas das músicas que Reznor e Ross criaram nunca chegaram à versão final do filme animado. “Compomos trilha para cerca de seis filmes diferentes”, disse Reznor. “Quando começamos, era tipo: ‘Mal posso esperar para ver esse personagem’. Isso não existe porque ele nem está mais no filme. Ou este momento expansivo em que você está assistindo a uma bela cena por um minuto e meio, que agora é de três segundos, porque uma piada apareceu, e agora é uma coisa diferente”.
“Soul” vem da mente por trás de “DivertidaMente” e “Up! Altas Aventuras”, e marca a segunda vez que a Pixar explora o mundo do além vida, depois de fazer isso com “Coco: A Vida é uma Festa”. A animação que estreou direto no Disney+ conta a história de Joe, um professor de música do ensino média, cujo a vida não foi da maneira que ele esperava. Mas justamente quando ele recebe sua grande chance de fazer o que tanta sonha, ele dá um passo em falso cai em um bueiro e vai parar no mundo do “Além Vida”.
Determinado a retomar sua vida, Joe acaba indo parar no “Seminário Você”, um tipo de mundo pré-vida, onde as almas obtêm suas personalidades e aspirações antes de virem para ter suas experiências na Terra. Por lá, Joe terá de ajudar a alma precoce chamada de 22, que nunca viu sentido ou significado na experiência humana, a encontrar sua motivação, para ele conseguir escapar de seu destino final no desconhecido mundo depois da morte.
Esta é a sinopse: “Você já se perguntou de onde vêm sua paixão, seus sonhos e seus interesses? O que é que faz de você… VOCÊ? A Pixar Animation Studios nos leva a uma jornada pelas ruas da cidade de Nova York e aos reinos cósmicos para descobrir respostas às perguntas mais importantes da vida”.