A Warner Bros. perdeu pelo menos US$ 50 milhões com o lançamento exclusivo nos cinemas de “Tenet” no início da pandemia, revela novo relatório da Variety. Escrito e dirigido por Christopher Nolan, “Tenet”, foi um dos únicos grandes blockbuster a se manter firme estrear nos primeiros meses da pandemia, quando a maioria dos cinemas estavam fechados ou então funcionando com metade de suas capacidades.
Uma vez que a pandemia atingiu o globo, nenhum filme jamais iria conseguir o resultado que teria antes disso, e com “Tenet” não foi diferente. O longa arrecadou apenas US$ 363 milhões em bilheterias a partir de um orçamento de mais de US$ 200 milhões e, ao invés de gerar um retorno para o estúdio, “Tenet” acabou gerando um prejuízo milionário.
A pressão do cineasta por trás de “Tenet” para que a Warner Bros. lançasse o filme exclusivamente nos cinemas durante a pandemia provou ser uma estratégia complicada, para dizer o mínimo. De acordo com o novo relatório, isso custou ao estúdio “pelo menos US$ 50 milhões”.
Relatórios anteriores afirmavam que “Tenet” poderia fazer o estúdio perder mais de US$ 100 milhões; muitos especialistas apontavam que o filme deveria conseguir pelo menos US$ 500 milhões em bilheterias para a Warner Bros. obter algum retorno financeiro. Apesar de executivos do estúdio terem dito na época que as perdas com “Tenet” não chegariam a US$ 50 milhões, o novo relatório mostra que, na verdade, excedeu esse valor.
A informação sobre o resultado de “Tenet” foi revelada em um relatório detalhado sobre a decisão de Christopher Nolan de abandonar a Warner Bros. e acabar com sua parceira de longa data com o estúdio que gerou filme icônicos como “A Origem”, “Interestelar” e a trilogia “Cavaleiro das Trevas”.
Apesar de todos os problemas, o resultado que “Tenet” conseguiu em bilheterias diante de circunstâncias tão complicadas deixou Christopher Nolan “emocionado” – embora ele tenha apontado na época que a indústria cinematográfica estava olhando de forma errada para o desempenho do filme.
“Warner Bros. lançou ‘Tenet’, e estou emocionado por ter arrecadado quase US$350 milhões”, disse o cineasta em novembro passado. “Mas estou preocupado que os estúdios estejam tirando conclusões erradas de nosso lançamento – que, em vez de olhar onde o filme funcionou bem e como isso pode fornecer a receita tão necessária, eles estão olhando onde ele não viveu até as expectativas pré-COVID e vai começar a usar isso como uma desculpa para fazer a exibição levar todas as perdas da pandemia em vez de entrar no jogo e se adaptar – ou reconstruir nosso negócio, em outras palavras”.
Sobre o futuro da experiência de ir ao cinema, Nolan afirmou que esta “é uma questão difícil de falar”. Mas ele elaborou mais sobre o assunto:
“Se você está falando sobre a aceleração das tendências existentes, é algo que comecei a ler logo no início da pandemia”, ele explicou. “E ignora a realidade de que 2019 foi o maior ano da história para os filmes de cinema. Eles ganharam mais dinheiro. As admissões foram enormes. Para mim, é muito mais sobre: Qual é a nova realidade em que estamos vivendo?”
“A longo prazo, ir ao cinema faz parte da vida, como restaurantes e tudo mais”, Nolan acrescentou. “Mas agora, todo mundo tem que se adaptar a uma nova realidade”.
“Tenet” encontra John David Whashington “lutando pela sobrevivência de todo o mundo, o protagonista viaja por um mundo crepuscular de espionagem internacional em uma missão que se desdobra em algo além do tempo real. Não é uma viagem no tempo, é inversão”. Confuso? Nolan explicou melhor sobre o conceito temporal do filme.
“Tenet” está agora mesmo disponível no HBO Max.
