“Stop the Steal” se espalha pela internet depois de infectar o Facebook

Por Redação Categoria Nerd
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Depois de ter sido proibido pelo Facebook, um movimento apoiando as falsas alegações de fraude eleitoral nos EUA do presidente derrotado Donald Trump e na esperança de interromper o processo de certificação de votos em andamento, conhecido como “Stop the Steal” está se espalhando para outras plataformas menores e comícios presenciais.

Conforme relata o The Verge, os participantes desse movimento estão atualmente promovendo comícios pró-Trump no Arizona, Pensilvânia, Nevada e Geórgia, e se organizando por meio de plataformas desconhecidas como o Parler e Discord, infames por se recursar a moderar o conteúdo, incluindo discurso de ódio e desinformação – até mesmo de negação do Holocausto.

O grupo Stop the Steal no Facebook, iniciado na quarta-feira, foi preenchido com informações eleitorais falsas sobre os democratas fraudando o voto, numa tentativa desesperada de não aceitar a derrota de Donald Trump, pelo mesmo sistema eleitoral que o elegeu em 2016.

Este grupo cresceu para mais de 300.000 membros em cerca de 48 horas, sendo posteriormente banido pelo Facebook (lembre-se de que o Facebook bloqueia seus usuários, e até o NY Post, por muito menos). Nesse curto período, o grupo se tornou um centro central de desinformação eleitoral, fazendo com que os adeptos das desinformações procurassem novos lugares para se infiltrar após essa proibição.

O Facebook e o TikTok também passaram a bloquear hashtags que eram usados ​​para espalhar informações falsas, como a hashtag do grupo. Enquanto o Twitter alegou ao The Verge que estava monitorando “proativamente” esse movimento, sem contudo tomar alguma medida.

Seja como for, o próprio Trump está espalhando notícias falsas, com alegações de fraude eleitoral publicadas no seu Twitter, incluindo uma na qual ele diz falsamente que “eles estão tentando ROUBAR a eleição”, essas publicações foram marcadas pelo Twitter com a etiqueta de advertência por “fazer uma alegação potencialmente enganosa sobre uma eleição”.

O rótulo aparece no lugar do tweet nas linhas do tempo dos usuários, embora eles ainda possam clicar para visualizá-lo. “Parte ou todo o conteúdo compartilhado neste Tweet é contestado e pode ser enganoso sobre uma eleição ou outro processo cívico”, diz o aviso.

Na mais recente de suas alegações falsas no Twitter, ele escreveu falsamente que teria vencido a eleição “por muito” (tudo escrito em Caps Lock), uma publicação que foi marcada com um pequeno e modesto alerta de que “fontes oficias podem não ter convocado a corrida quando isso foi tweetado” e um link para fontes de notícias (dentro do Twitter) sobre a eleição dos EUA de 2020.

Caso você queira acompanhar os dados reais, verificados e em tempo real das eleições dos EUA deste ano, fontes como a Axios, Vox e NBC News estão disponíveis. Também ao fazer uma pesquisa no Google sobre os resultados das eleições, ou o nome de um dos candidatos à presidência, um recurso dedicado com informações atualizadas fornecidas pela AP aparecem, seja na web ou por meio do Google Assistente e até em alto-falantes inteligentes.

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