As tecnologias de reconhecimento facial têm sido um ponto de debates em diversas partes do mundo, especialistas alertam para os perigos da tecnologia, enquanto outros acham que pode ajudar na “segurança”. Na cidade de São Francisco, na Califórnia o uso desta tecnologia invasiva está proibida desde ontem (15). Por 8 votos a 1, a Câmara de Supervisores da cidade norte-americana, aprovou o Decreto para deter a vigilância secreta. A medida entra em vigor dentro de um mês e obriga que órgãos públicos necessitem de aprovação para a compra de novos equipamentos de vigilância.
No entanto, empresas privadas não serão afetadas pelo decreto e os órgãos públicos ainda poderão utilizar câmeras comuns e leitores de placas de carros. Aaron Peskin, um dos 11 supervisores de São Francisco antes de votar afirmou que o decreto é sobre a “responsabilidade em volta da tecnologia de vigilância”.
“Isso é realmente sobre dizer que podemos ter segurança sem ser um estado de vigilância. Podemos ter bom policiamento sem ser um estado policial. Parte disto é construir confiança com a comunidade”
Aaron Peskin, supervisor da cidade de São Francisco, Califórnia, EUA
A única supervisora que votou contra o decreto, Catherine Stefani, acredita que a medida está “muito bem-intencionada”. Esta é a primeira cidade dos EUA a banir o uso da ferramenta de reconhecimento facial.
Enquanto umas cidades avançam, outras regridem, no Rio de Janeiro, a cidade planeja implementar mais câmeras, como se já não fossem suficientes, após o teste realizado durante o carnaval. O governador do RJ, filiado ao PSC, alegou que o número vai subir de 34 para 140 até julho, com a desculpa da segurança pública, que só piora durante sua gestão. Mas ainda há questões em aberto, como as despesas do sistema, que não trouxe custos ao governo e quem estaria bancando.
Fonte: TechCrunch; The Verge;