Meta vai banir uso do termo “sinionista”

Segundo a empresa, não há um consenso sobre o uso do termo "sionista".

Por Redação Categoria Nerd
3 Min Read
Logotipo do grupo empresarial Meta Platforms é visto na faixada de um prédio. Foto: Haaretz
Resumo
  • A Meta, empresa dona do Facebook e Instagram, anunciou que vai banir o uso do termo "sionismo" para se referir depreciativamente a judeus e israelenses em suas plataformas.
  • Segundo a empresa, não há um consenso sobre o uso do termo "sionista", podendo ser usado tanto para ataques a judeus e israelenses quanto para se referir ao movimento político.
  • Apesar de banir o termo em uma grande variedades de tópicos, a Meta disse que continuará a permitir seu uso em postagens sobre o movimento político sionista.

A Meta, empresa dona do Facebook, Instagram e Threads, anunciou uma nova política de moderação de conteúdo: o banimento do uso do termo “sionista” para se referir a judeus e israelenses em suas plataformas.

A Meta disse que continuaria a permitir o termo em postagens sobre o movimento político sionista, mas que removerá postagens atacando “sionistas” quando esse conteúdo usar estereótipos antissemitas ou ameaçar danos por meio de intimidação ou violência direcionada a judeus ou israelenses.

Segundo a empresa, “não há nada que se aproxime de um consenso global sobre o que as pessoas querem dizer quando usam o termo ‘sionista'” e que ele se tornou “um termo substituto para judeus e israelenses em relação a certos tipos de ataques odiosos”.

Em seu feedback global, a Meta observou que muitos entendem que o termo “sionista” é frequentemente usado para se referir ao governo israelense e seus apoiadores, especialmente em comentários sobre as ações do governo em Gaza e na Cisjordânia.

Apesar dessa percepção, a Meta optou por remover o uso do termo “sionismo” em uma ampla variedade de tópicos. Alguns dos exemplos dados pela Meta incluem “afirmações sobre governar o mundo ou controlar a mídia”, “comparações desumanizantes” e “negações de existência”.

“Após ouvir contribuições e analisar pesquisas de diferentes perspectivas, removeremos agora o discurso direcionado a ‘sionistas’ em diversas áreas onde nosso processo mostrou que o discurso tende a ser usado para se referir a judeus e israelenses com comparações desumanizantes, apelos por danos ou negações de existência”, disse a empresa.

Essa mudança está alinhada com a política de longa data da Meta que proíbe ataques com base em características como nacionalidade, raça ou religião. A empresa ressalta que violações repetidas dos seus Padrões da Comunidade podem resultar na suspensão ou remoção da conta.

A NBC News observa que a ação é a mais recente tentativa da empresa de mídia social de traçar linhas em torno do discurso on-line aceitável relacionado ao conflito Israel-Hamas. A empresa e um conselho independente também estão avaliando quando permitir o slogan pró-palestino “do rio ao mar” no Instagram e no Facebook. Nesse caso, a questão é se a frase se qualifica como discurso de ódio porque algumas pessoas a usam como um chamado para a eliminação de Israel.

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