Johnny Depp disse que ‘não precisa mais de Hollywood’ e criticou a mídia durante sua reaparição na 76ª edição do Festival de Cinema de Cannes, um dia após a estreia de seu primeiro filme em três anos.
Depp interpreta o Rei Luis XV em “Jeanne du Barry”, um drama de fantasia que marca seu primeiro papel principal após três anos afastado das telas – principalmente por conta das inúmeras polêmicas envolvendo suas batalhas legais com sua ex-esposa Amber Heard.
Heard foi condenada a pagar a Depp US$ 10 milhões em danos, sendo considerado que ela mentiu sobre Depp ter abusado dela antes e durante seu breve casamento. Heard também recebeu US$ 2 milhões de Depp.
Questionado sobre se sentir boicotado em Hollywood, Depp revelou sentimentos ambíguos: “Eu me senti boicotado por Hollywood? Você teria que não ter pulso para se sentir tipo: ‘Não. Nada disso está acontecendo. É uma piada estranha’”, disse ele à imprensa na quarta-feira. “Quando você é convidado a se demitir de um filme que está fazendo por causa de algo que é apenas uma função de vogais e consoantes flutuando no ar, sim, você se sente boicotado.”
Depp está se referindo ao fato de que a Warner Bros. Pictures o convidou publicamente a se demitir da sequência de “Animais Fantásticos” devido às alegações de Heard.
Depp foi além e declarou que não precisa mais de Hollywood em sua vida: “Não me sinto boicotado por Hollywood, porque não penso em Hollywood. Eu mesmo não preciso muito mais de Hollywood”.
Depp ainda acrescentou: “É uma época estranha e engraçada em que todos gostariam de poder ser eles mesmos, mas não podem. Eles devem estar alinhados com a pessoa à sua frente. Se você quer viver essa vida, desejo-lhe o melhor.”
No início da coletiva de imprensa, Depp também falou sobre seu desdém pela mídia, que cobriu intensamente seus julgamentos com Heard e as consequências de Hollywood. “A maior parte do que você lê é ficção fantástica e horrivelmente escrita. É como fazer a pergunta: ‘Como você está?’ Mas o subtexto é: ‘Deus, eu te odeio’”.
Ele também descartou a ideia de que Cannes marca seu “retorno” ao cinema. “Eu tive meu 17º retorno, aparentemente,” ele disse. “Eu continuo me perguntando sobre a palavra ‘retorno’. Eu não fui a lugar nenhum… Talvez as pessoas parassem de gritar por qualquer que fosse seu medo na época. Mas eu não fui a lugar nenhum.”
