Os disquetes parecem relíquias de uma era passada, mas ainda há lugares, incluindo governos, que dependem dessa antiga tecnologia. Mas agora o Japão não é mais um desses.
O governo japonês eliminou o uso de disquetes em todos os seus sistemas, com exceção de um, anunciou a Agência Digital do Japão em 28 de junho. “Nós vencemos a guerra contra os disquetes em 28 de junho”, declarou o ministro Taro Kono à Reuters.
A Agência Digital foi criada em 2021, quando foi dado conta de que o governo ainda dependia de arquivamento em papel e tecnologia antiga. A Agência embarcou nessa missão de atualizar seus sistemas em 2022 logo após a nomeação de Taro Kono, após uma tentativa frustrada de se tornar primeiro-ministro.
À época, cerca de 1.900 procedimentos do governo japonês ainda dependiam de disquetes, MiniDiscs e máquinas de fax – algo que diferenciava o Japão de grande parte do mundo, que já havia abandonado essa forma de armazenamento há tempos.
Em 28 de junho, a Agência Digital do Japão anunciou a remoção bem-sucedida dos disquetes de seus sistemas computacionais governamentais, com exceção de um único departamento ambiental relacionado à reciclagem de veículos.
O exército norte-americano também usava disquetes até pouco tempo atrás
Não é incomum o uso de disquetes por governos. Até 2019, o exército dos EUA estava usando disquetes para operar o Sistema Automatizado Estratégico de Comando e Controle (SACCS), um sistema de computador dos anos 1970 que lidava com códigos de lançamento nuclear e mensagens de emergência. O Departamento de Defesa eliminou esse sistema em 2019.