A Cruise, divisão de veículos autônomos da General Motors (GM), demitiu metade de sua força de trabalho enquanto passa por uma reestruturação significativa. De acordo com o TechCrunch, as demissões afetam até mesmo o CEO Marc Whitten e outros executivos de alto escalão da empresa, como o diretor de segurança Steve Kenner e o chefe global de políticas públicas Rob Grant. O tecnólogo-chefe Mo Elshenawy também está sendo demitido, embora permaneça no cargo até o final de abril para auxiliar na transição.
Essas demissões ocorrem após a GM, empresa controladora da Cruise, anunciar o encerramento de seu programa de robôs-táxi. Parte da força de trabalho e dos recursos da Cruise serão redirecionados para a equipe do sistema de assistência ao motorista Super Cruise da GM, que continuará em atividade.
A Cruise enfrentou alguns anos desafiadores, incluindo um grave acidente no qual um de seus robôs-táxi atropelou e arrastou um pedestre por 20 pés. Mais tarde, a empresa teve de pagar multa de US$ 500 mil por apresentar um relatório falsificado sobre o acidente ocorrido em outubro de 2023.
Antes disso, o algoritmo da empresa já era conhecido por ter problemas em reconhecer crianças. Esses problemas forçaram a Cruise a interromper todas as operações de seu serviço de robôs-táxi tripulados.
Apesar das dificuldades, a GM não desistiu completamente do sonho de veículos autônomos. A empresa ainda planeja lançar carros sem motorista para uso pessoal em algum momento no futuro. No entanto, essas demissões massivas na Cruise são um sinal claro de que a empresa está ajustando suas prioridades e estratégias nessa área.
Embora as demissões não sejam uma surpresa, dado o anúncio anterior da GM sobre o encerramento do programa de robôs-táxi, elas ainda representam um duro golpe para o setor já que a Cruise era vista como um dos principais players no mercado de veículos autônomos, agora enfrentará um futuro incerto enquanto é completamente reestruturada.
