Spotify não vai veicular anúncios políticos a partir de 2020

Por Redação Categoria Nerd
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O Spotify decidiu não tentar lucrar com veiculação de propagandas políticas a partir de 2020. O serviço de streaming anunciou na última sexta-feira (27), que suspenderá as vendas deste tipo de anúncio no próximo ano, explicando que não tem como “validar e revisar” estes conteúdos.

A medida visa não interferir nas eleições de 2020 dos EUA, único país que a plataforma veicula propaganda política. Vale ressaltar que a ação do Spotify se aplica apenas às vendas de anúncios do próprio Spotify. Anúncios inclusos a conteúdos de terceiros, como podcasts, podem acabar incorporando este tipo de conteúdo, que estarão sujeitos a políticas de uso da plataforma.

Pré-candidatos à presidência dos EUA. Foto/AdAge

“No momento, ainda não temos o nível necessário de robustez em nossos processos, sistemas e ferramentas para validar e revisar com responsabilidade esse conteúdo”, afirmou a empresa em comunicado ao Ad Age. “Vamos reavaliar essa decisão à medida que continuamos a desenvolver nossas capacidades”. 

A Google e o Twitter já tomaram ações similares para o melhoramento do uso das propagandas nas suas plataformas. O CEO do Twitter, Jack Dorsey, disse que a plataforma estava proibindo a publicidade política a partir de 22 de novembro, argumentando que não é aceitável que campanhas ou grupos políticos paguem para direcionar suas mensagens aos usuários.

A Google anunciou que não vai permitir a segmentação múltipla deste tipo de anúncio, incluindo no Youtube, e reforçou que sua política de anúncios proíbe qualquer anunciante de fazer propaganda enganosa.

Enquanto isso o Facebook segue no rumo de influenciar negativamente o processo eleitoral. A empresa é suspeita de ter ajudado a corromper o processo eleitoral, propagando veiculação de fake news e conteúdos enganosos para os usuários de suas plataformas, como o Facebook, e Whatsapp, não apenas nos EUA mas em outros países como o Brasil.

Recentemente foi instaurado a CPI das Fake News, que investiga o uso de disparos para privilegiar o então candidato Jair Bolsonaro, na disputa para a presidência. O Facebook está envolvido no inquérito, acusado de ter permitido os disparos que acabaram culminando na eleição do então deputado.

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