Sob pseudônimo, J.K. Rowling ataca novamente e recebe um #RIPJKRowling como resposta da Internet

Por Redação Categoria Nerd
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J.K. Rowling fez aquilo de novo. A autora de “Harry Potter” e tweets horríveis está enfrentando uma enorme reação novamente, depois que decidiu gastar seu tempo direcionando sua energia e fortuna para continuar com suas opiniões não solicitadas sobre mulheres trans.

Joanne Rowling se envolveu em uma nova controversa com o lançamento do seu novo livro, “Troubled Blood”, publicado nesta terça-feira (15), um livro cujo a mensagem e conteúdo é “nunca confie em um homem que se veste de mulher”, de acordo com a primeira avaliação do livro feita pelo especialista Jake Kerridge, do The Telegraph.

Joanne Rowling, que por algum motivo ganhou milhões de dólares e é admirada por isso, no lançamento de “Animais Fantásticos”, da Warner Bros. Foto/Vox Media

Este livro é o quinto de uma série de livros de assassinato policial de gosto duvidoso, chamada “Comoran Strike”, no qual Joanne ironicamente escreve sob o pseudônimo masculino de Robert Galbraith – uma aparente alusão ao infame individuo de mesmo nome conhecido como “o homem que fritava o cérebro dos gays”, conforme relatou o ComicBook anteriormente.

Também é de se observar que esta não é a primeira vez que ela contamina seus livros com suas crenças ofensivas e é criticada por insensibilidade e preconceito com mulheres trans. Em “The Silkworm”, o segundo livro da série, um dos suspeitos da história é uma mulher trans chamada Pippa Midgley, que acaba por ser descrita como uma personagem “lamentável, nervosa e violenta, sem sentido ou autopreservação”, esta é apenas uma das descrições preconceituosas que o livro apresentou.

Isso também explica o motivo dos funcionários da Hachette, a editora que publica J.K. Rowling, ter amplamente se recusado a continuar trabalhando num novo livro da escriba, à luz dos comentários perturbadores e constantes feitos por ela em junho deste ano, conforme informado pela Vulture. “Acreditamos fundamentalmente que todos têm o direito de expressar seus próprios pensamentos e crenças. É por isso que nunca comentamos sobre as opiniões pessoais de nossos autores e respeitamos o direito de nossos funcionários de ter uma visão diferente”, disse a Hachette, uma editora que esteve disposta a publicar um livro de memórias fantasiado do cineasta desonrado de Hollywood, Woody Allen, acusado de ter estuprado a própria filha, informação confirmado por seu outro filho.

“Nunca faremos nossos funcionários trabalharem em um livro cujo conteúdo eles considerem perturbador por motivos pessoais”, continou a editora em um comunicado, que continua dizendo que vai continuar trabalhando sim com Joanne Rowling, por que não se importam com o conteúdo, mas com a “crença na liberdade de expressão”.

Com o lançamento desse novo livro, a reação nas redes sociais foi rápida, com #RIPJKRowling sendo uma tendência no Twitter no início da tarde de segunda-feira (14), se estendendo pela terça-feira (15), com os críticos e ex-fãs de Joanne argumentando que o vilão do novo livro é mais um exemplo do preconceito obsessivo da escritora.

“JK Rowling é obstinadamente obcecada por pessoas trans e ativamente os enquadra como predadores em seus livros”, tuitou a crítica cultural Elle Dawson, sobre o hábito de Joanne de retratar personagem trans como agressivo e predador. Comparando Rowling à Dolores Umbridge, uma odiada personagem de “Harry Potter”, a atriz trans e escritora Jen Richards disse no Twitter que a autora se tornou tão “obcecada por sua perspectiva profundamente preconceituosa que ela fará qualquer coisa para permanecer convencido de sua própria justiça, não importa o dano que cause”.

“Quase aprecio o esforço que JK Rowling está fazendo para remover qualquer vestígio de nuance de nossa compreensão de quem ela é e como planeja usar seu tempo, energia e fortuna”, acrescentou o autor Saeed Jones em uma outra publicação no Twitter. Na maior parte das publicações

A Forbes observa que é curioso a retratação de Rowling, de um assassino em série que se veste como uma mulher, considerando que na vida real quase nunca assassinos em série se fantasiam de mulheres, citando que um caso em específico no qual um serial killer se caracterizou de mulher para despistar os vizinhos.

Começando em junho de 2020 as ofensas de Rowling tomaram proporções inacreditáveis, culminando em uma série de declarações citando a terapia da conversão e sugerindo que pessoas que tomam remédios para saúde mental eram preguiçosas; Isso depois que ela passou anos curtindo comentários ofensivos nas redes sociais. A última controversa pública de Joanne, antes dessa, foi quando ela resolver devolver um prêmio de Direitos Humanos, por não saber lidar com as críticas e observações que a presidente da fundação.

Ela foi amplamente criticada por especialistas e até por aqueles que a tornaram uma pessoa milionária – incluindo a estrela dos filmes “Harry Potter”, Daniel Radcliffe e Emma Watson, a estrela de “Animais Fantásticos”, Eddie Redmayne, e a Warner Bros., esta última apenas se distanciou dos comentários ofensivos de Rowling.

Até os maiores sites de fãs de suas histórias se distanciaram dela. Rowling também fez questão de apagar um tweet elogiando o icônico autor Stephen King, depois que ele defendeu os direitos das mulheres trans.

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