Ray Fisher desmente a declaração “desesperada” da Warner Bros. sobre o caso de Joss Whedon

Por Redação Categoria Nerd
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Ray Fisher, estrela de “Liga da Justiça”, está desmentindo uma declaração da Warner Bros. dizendo que ele não estaria colaborando com uma investigação interna sobre as denúncias que ele fez sobre o comportamento “nojento” e “abusivo” do diretor substituto Joss Whedon no set do filme de super-heróis.

Fisher descreve o comunicado da Warner Bros. como uma “tentativa desesperada e dispersa de desacreditá-lo e continuar protegendo aqueles que estão no poder”, revelando uma captura de tela de um e-mail datado de 26 de agosto, em que ele discutiu a referida conversa com sua equipe e sindicato, contrariando as alegações do estúdio de que ele teria se recusado a encontrar com o investigador.

Ele também nota no e-mail que encerrou a entrevista mais cedo depois de saber que as descobertas do investigador seriam relatadas diretamente ao departamento jurídico da Warner Bros. Pictures, e não à a controladora, WarnerMedia.

Este é o mais recente capítulo do desentendimento de Fisher com o estúdio, desde que em julho ele afirmou que o diretor Joss Whedon “era rude, abusivo, não profissional e completamente inaceitável”, enquanto trabalhava no filme de em 2017, acrescentando que Whedon “foi habilitado, de várias maneiras, por Geoff Johns e Jon Berg”.

Na declaração emitida para a imprensa na sexta-feira (4), a Warner Bros. tentou retratar Fisher como não-cooperativo com as investigações sobre as denúncias que ele fez, insinuando também que seus problemas reais com o filme supostamente seria relacionado à Wheden ter reduzido sua participação na versão que foi parar nos cinemas, em comparação com o do diretor original, Zack Snyder.

A declaração também aborda a atualização recente de Fisher no Twitter, em que ele disse que “recebeu um telefonema do presidente da DC Films em que ele tenta jogar Joss Whedon e Jon Berg debaixo do ônibus na esperança de que eu cedesse a Geoff Johns”, acrescentando: “Não vou”.

“Notavelmente, o Sr. Hamada também disse ao Sr. Fisher que elevaria suas preocupações à WarnerMedia para que eles pudessem conduzir uma investigação. Em nenhum momento o Sr. Hamada ‘jogou alguém debaixo do ônibus’, como o Sr. Fisher falsamente alegou”, é o que diz o comunicado da Warner Bros., “ou fez qualquer julgamento sobre a produção da Liga da Justiça, na qual o Sr. Hamada não teve envolvimento, desde que as filmagens ocorreram antes do Sr. Hamada foi elevado à posição atual”. A declaração prossegue alegando que Fisher “nunca alegou qualquer conduta indevida contra ele” e “se recusou a falar com o investigador” contratado para examinar suas denúncias.

Em junho, Fisher veio a publico retirar “com força” a declaração positiva (visto no vídeo acima) que fez sobre Whedon substituir Zack Snyder em “Liga da Justiça”, quando Zack Snyder teve que sair por problemas pessoais. Um par de dias depois ele veio esclarecer o que o motivou a retratar o comentários sobre Whedon: seu comportamento no set, como descrito acima.

Whedon – diretor de filmes da Marvel, “Os Vingadores” e “Vingadores: Era de Ultron” – assumiu o cargo de diretor de “Liga da Justiça”, para finalizar o filme de Zack Snyder, depois que o cineasta deixou o projeto por causa da morte de sua filha. Fisher interpretou o super-herói cibernético Cyborg no filme, ao lado de Gal Gadot como Mulher-Maravilha, Henry Cavill como Superman, Jason Momoa como Aquaman e Ben Affeck como Batman.

Apesar do filme ter arrecado US$ 690 milhões em bilheterias, a versão final do filme não agradou os fãs, que clamaram pela versão original de Snyder, que a Warner Bros. irá lançar em 2021 diretamente no HBO Max.

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