Normani fala sobre carreira solo e o Fifity Harmony

Por Redação Categoria Nerd
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Normani está estampando a capa da nova edição da Rolling Stones, nos EUA, e para isso ela fez uma entrevista onde fala sobre sua carreira solo, seu novo álbum, sua antiga banda, o Fifity Harmony, dentre outras coisas. Ao longo da entrevista, ela afirmou que quer ser “mais aberta” para conseguir escrever músicas que se conectem profundamente com seu público, para que saibam que ela está “passando pela mesma coisa”. E ainda revela que ter sido isolada do grupo, fez com que ela questionasse seu talento.

“É inacreditável que agora posso ter a oportunidade de ser tudo que eu quero ser”, disse Normani sobre sua carreira. “Quero sentir que fui representada do jeito mais autêntico possível, porque sei como é vir de um grupo pop feminino e ter sempre alguém te falado como agir, como ser”.

No estúdio com sua antiga banda, Normani às vezes se sentia igualmente desconsiderada, marcada apenas como “a dançarina”. Principalmente quando ela foi o único membro da banda cujos vocais foram deixados de fora de uma música.

Ela conta que isto a fez questionar o que estava fazendo: “Fiquei arrasada”, ela desabafa. “Tantas coisas passam pela sua cabeça, como ‘Talvez isso seja minha culpa? O que eu poderia ter feito de diferente? Não estou trabalhando duro o suficiente? Eu não sou tão talentoso? O que há de errado com a minha voz?'”

Muita coisa mudou desde então, ela iniciou sua carreira solo, com a faixa “Motivation”, escrita com Max Martin e Ariana Grande. Ela marcou duetos de sucesso com Sam Smith e Khalid, e ao seu tempo encontrou sua própria voz.

Normani quer que o seu álbum seja uma declaração confessional, menos focada em hits e mais na longevidade de sua carreira.

Ela diz que quer ser “mais aberta” para escrever músicas que se conectam em um nível mais profundo com seu público: “Quero que todas as garotas lá fora sintam que estou passando pela mesma coisa”.

Por escrito, ela ainda falou pela primeira vez sobre as publicações racistas descobertas em dezembro no Tumblr antigo de Camila Cabello: “Sobre esse assunto desconfortável e achei que seria melhor escrever meus pensamentos para evitar ser mal interpretada, como já fui no passado”, ela inicia.

Normani e Camila Cabello no VMA 2018. Foto/Reprodução

“Eu tive dificuldade em falar porque não queria que isso fizesse parte da minha narrativa, mas eu sou uma mulher negra, parte de uma geração inteira com histórias semelhantes”, ela acrescenta. “Tenho tolerado a discriminação muito antes de compreender o que exatamente estava acontecendo. O ódio direto e subliminar tem sido direcionado a mim por muitos anos apenas por causa da cor da minha pele”.

“Seria desonesto se eu dissesse que esse cenário em particular não me machucou”, ela admite. “Foi devastador que isso viesse de um lugar que deveria ser um porto seguro e uma irmandade, porque eu sabia que, se as mesas estivessem viradas, eu defenderia cada uma delas em um único batimento cardíaco”.

“Quando eu era mais jovem, usava uma linguagem da qual tenho profunda vergonha e me arrependo para sempre”, escreveu Cabello no Twitter, após suas postagens serem descobertas. A cantora continuou tentando justificar que ela já havia se desculpado por um incidente similar no passado recente.

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