Netflix recebe versão cinematográfica do seu tema de abertura; confira

Por Redação Categoria Nerd
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O tema de abertura da Netflix está recebendo uma versão totalmente cinematográfica: Quase todo mundo já conhece o “Tu-dum” que marca o início de todas as produções originais da plataforma, mas enquanto isso funciona muito bem no streaming, o mesmo não pode ser dito para o cinema.

O início de qualquer filme no cinema é propício para criar expectativa – basta ver como as pessoas adoram assistir aos trailers iniciais. Então, a Netflix está lançando uma versão cinematográfica da abertura minimalista, feita por Hans Zimmer – veja abaixo:

“Quando filmes da Netflix como ‘História de um Casamento’, ‘Roma’ ou ‘O Irlandês’ passam nos cinemas, um design de som minimalista de dois segundos simplesmente não funciona”, observa publicação do Collider.

Para desenvolver a versão cinematográfica de sua abertura, a Netflix contratou Hans Zimmer, lendário compositor responsável por trilhas de muitos filmes (realmente muitos) – incluindo “A Origem”, “Batman: O Cavaleiro das Trevas”, “O Rei Leão”, “O Poderoso Chefinho”, “Doze Anos de Escravidão”, “O Homem de Aço”, dentre outros. Ele também já recebeu 11 indicações ao Oscar.

Como surgiu o tema de abertura da Netflix?

“Ta-dum”, ou algo semelhante, é o que todos ouvimos no incio dos conteúdos originais da Netflix. E agora é inevitável que esse efeito de som seja associado imediatamente com a marca.

Mas como exatamente o “ta-dum” da Netflix surgiu? Durante participação no podcast Twenty Thousand Hertz, Todd Yellin, vice-presidente de produtos da Netflix, contou a história por trás da criação do som de abertura das produções originais da Netflix.

Para criar o efeito sonoro, Yellin disse que contratou o engenheiro de som indicado ao Oscar, Lon Bender, junto com um guia de conceitos como “tensão, velocidade ou peculiaridade” que o som final deveria incluir.

Isso tudo para que o efeito sonoro fosse algo imediatamente ligado sonoramente à “experiência” de assistir à Netflix.

Bender criou de 20 a 30 efeitos sonoros em estilos diferentes, um deles próximo ao da versão final incluía um barulho de cabra. Yellin observa que está grato por eles não terem usado essa versão.

Curiosamente, o som foi criado a partir de uma anel de casamento batendo em uma caixa de madeira; adicionando profundidade a isso, havia uma bigorna lenta, batidas silenciadas e o som invertido de uma guitarra elétrica.

Outro ponto importante, é que ao contrário do que a maioria imagina, o efeito não foi retirado da cena final da 2ª temporada de “House Of Cards”, onde o personagem Frank Underwood, depois de aplicar seu golpe, dá um toque duplo na mesa da Casa Branca, que estranhamente similar a abertura da Netflix. Veja a cena abaixo:

Porém como foi observado no podcast, o efeito sonoro foi criado antes da cena acima ter sido gravada. Por tanto, por mais estranho que pareça, “House of Cards” não é a inspiração por trás do “Ta-dum”, da Netflix.

Yellin lembra que gostava de algo que borbulhava como o oceano. Mas ele não se importava tanto como soava quanto como fazia as pessoas se sentirem. Um grupo de teste associou o “ta-dum” a um “começo dramático”, “interessante” e até mesmo a um “filme” sem que ninguém soubesse seu propósito.

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