“Minari” ganhou o Globo de Ouro na categoria de melhor filme em língua estrangeira. “Minari é sobre uma família”, disse Lee Isaac Chung durante o seu discurso de aceitação do Globo de Ouro. “É uma família tentando aprender a falar uma língua própria. É mais profundo do que qualquer língua americana e estrangeira – é uma língua do coração”.
O longa sobre uma família coreana-americana que se muda para uma pequena fazenda na zona rural do Arkansas da Califórnia, superou títulos como “The Two of Us”, “Rosa e Mono”, “Another Round” e “La Llorona”.
Essa vitória ocorre após a polêmica sobre a classificação do filme, que foi impedido de entrar nas principais categorias da premiação, cujo as regras estabelece que qualquer filme com pelo menos 50% das falas em idioma que não seja o inglês só poderá concorrer na categoria de melhor filme em idioma estrangeiro e fica desclassificado das categorias principais.
A Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood foi criticada por sua decisão de categorizar “Minari” dessa forma; embora a maioria das falas do filme sejam em coreano, é um filme norte-americano (financiado e produzido por empresas norte-americanas, A24 e Plan B, respectivamente), escrito e dirigido por Lee Isaac Chung, um norte-americano com ascendência asiática. Além disso, o elenco e a equipe técnica do filme gravado nos EUA também eram compostos, em sua maioria, por norte-americanos.
A história de “Minari”, situada nos anos 1980, gira em torno dos Yi, uma família coreana que se muda para uma pequena fazenda no estado do Arkansas em busca do “sonho americano”. O filme se concentra nas aspirações deles e nas suas dificuldades de adaptação.
Ano passado, “Parasita” levou o prêmio de melhor filme em idioma estrangeiro e, mesmo tendo sido impedido de concorrer nas principais categorias do Globo de Ouro, posteriormente ganhou cinco Oscars, incluindo na categoria de melhor filme – sendo o primeiro e único filme na história a conseguir fazer isso.
Quando ganhou o Globo de Ouro, o diretor e roteirista de “Parasita”, Bong Joon-Hoo disse que se o público superar “apenas alguns centímetros da barreira das legendas”, irão descobrir “tantos filmes incríveis”.
