O ator John Leguizamo criticou a escalação de James Franco como o revolucionário cubano Fidel Castro no próximo filme sobre a filha do ex-presidente de Cuba, “Alina of Cuba”.
“Como isso ainda está acontecendo?” Leguizamo perguntou aos seus mais de 1 milhão de seguidores no Instagram sobre Franco ser escalado como o controverso líder cubano.
“Como Hollywood está nos excluindo, como também roubando nossas narrativas? Chega de apropriação Hollywood e streamers!”, disse ele, acrescentando: “Boicote! Isso acabou! Além de história seriamente difícil de contar sem engrandecimento, o que seria errado! Eu não tenho [problema] com Franco, mas ele não é latino!”
Leguizamo está correto em sua afirmação. Franco é basicamente caucasiano, tendo ascendência portuguesa e sueca por parte de pai e ascendência russa-judaica por parte de mãe, informou o CBR.
Franco também esteve afastado dos holofotes nos últimos quatro anos, após ser manchete por conta de uma série de acusações de seu suposto comportamento sexualmente abusivo.
Houve vários filmes de Hollywood na última década que foram boicotados por conta de sua “apropriação” ou “branqueamento” de elenco, incluindo “O Fantasma do Futuro”, que escalou Scarlett Johansson como uma personagem que originalmente era asiática.
Franco vai estrelar “Alina of Cuba” ao lado de Ana Villafañe, que interpreta a personagem titular Alina Fernandez, filha de Castro. O roteiro segue a vida de Alina como filha ilegítima de Castro e uma crítica de seu reinado em Cuba antes de deixar o país e desertar para a Espanha em 1993.
O filme está programado para começar a produção em 15 de agosto, com as filmagens ocorrendo na Colômbia, de acordo com a Variety.
Apesar do apropriamento cultural do norte-americano, a filha de Castro, Alina Fernandes (que trabalha no filme), apoiou a decisão controversa de escalar Franco para o papel de seu pai.
Leguizamo frequentemente defende a representação latina em Hollywood. Em 2020, ele disse à People: “Somos menos de 1% das histórias contadas por Hollywood, mídia e redes de streaming quando somos quase 20% da população e 25% das bilheterias dos EUA. Eu apenas sinto que é um dano tão grande para as crianças não se verem representadas de maneira positiva”.
