Indústria da música fará blackout na terça-feira (2) em protesto ao assassinato de negros

Por Redação Categoria Nerd
4 Min Read

A indústria da música se prepara para realizar um grande “apagão” na terça-feira (2) com o objetivo de chamar atenção para a brutalidade policial e a injustiça racial, a iniciativa é descrita como uma “etapa urgente de ação para provocar responsabilidade e mudança”.

O “Blackout Tuesday” (terça-feira de apagão) fará uma interrupção da transmissão e trabalho de diversas gravadoras e plataformas, incluindo o Spotify, Sony Music, Capitol Records, Warner Music Group, dentre outras, em resposta ao assassinato de pessoas negras pela policia.

A Interscope Records se comprometeu a não lançar novas músicas esta semana, a Atlantic Records também apoiou a iniciativa.

“Na terça-feira, 2 de junho, a Sony Music vai estar orgulhosa de fazer parte do ‘Black Out Tuesday'”, diz comunicado da gravadora. “Nós estamos solidários com a comunidade negra, nossos artistas, funcionários, colegas e líderes da comunidade na luta contra a injustiça racial. Este será um dia de ação comprometida com mudanças significativas em nossas comunidades, agora e no futuro”.

O Spotify disse em um comunicado: “Na Black Out Tuesday, o Spotify estará ao lado de nossos amigos, parceiros, artistas e criadores na luta contra o racismo, a injustiça e a desigualdade por meio de uma variedade de atividades, tanto na plataforma quanto fora dela. Nossos funcionários estão sendo incentivados a se desconectar para mostrar solidariedade e aprender com as experiências da comunidade negra. Também estamos usando nossa plataforma para amplificar vozes negras e demonstrar nosso compromisso com a equidade racial”, diz. “O Spotify está junto à comunidade negra e esperamos que essas e outras ações ajudem a promover mudanças positivas”.

O movimento acontece em resposta ao assassinato brutal de George Floyd cometido pela polícia dos EUA em 25 de maio de 2020. As últimas palavras de Floyd foram “eu não consigo respirar”. Este crime brutal cometido pelo estado foi o estopim para uma situação que a muito tempo acontece e que se agrava cada vez mais.

“Como guardiões da cultura, é nossa responsabilidade não apenas nos unir para celebrar as vitórias, mas também nos segurar durante a perda”, diz a declaração do movimento The Show Must Be Paused (O Show precisa ser pausado), que chamou o blackout de “dia para se desconectar do trabalho e se reconectar à nossa comunidade”.

Um site oficial para o The Show Must be Paused e contas de redes sociais foram criadas pela diretora sênior de marketing da Atlantic, Jamila Thomas e Brianna Agyemang, ex-executiva da Atlantic e atualmente gerente sênior de campanha artística no Platoon.

“É difícil saber o que dizer, porque eu tenho lidado com o racismo a vida toda. Dito isto, está criando sua cabeça feia agora e, por Deus, é hora de lidar com isso de uma vez por todas”, escreveu o produtor musical Quincy Jones no Twitter. “Minha equipe e eu defendemos a justiça. Convos serão realizados e ações serão tomadas.”

“O negócio da música na WMG não continuará como de costume”, afirma o comunicado da Interscope. “Embora este seja apenas um dia, estamos comprometidos em continuar essa luta por mudanças reais. Usaremos esse dia para refletir coletivamente sobre o que nós, como empresa, podemos fazer para tomar medidas em direção a mudanças e tomaremos medidas no futuro”.

A gravadora acrescentou que estará doando para o Black Lives Matter e outras organizações, além de se comprometer a não lançar novas músicas nesta semana.

Compartilhe