“Godzilla vs. Kong” não tem cena pós-créditos por duas razões, explica diretor

Por Redação Categoria Nerd
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Quando a poeira abaixar após o confronto gigantesco de Godzilla e King Kong, os espectores descobrem qual deles é o verdadeiro Rei dos Monstros. Noxentanto, não sabemos o que virá após esse confronto épico de monstros, porque “Godzilla vs. Kong” não tem uma cena pós-créditos, então não tem nenhum indicativo ou provocação sobre o que vem a seguir.

O diretor Adam Wingard contou recentemente que tem uma razão para “Godzilla vs. Kong” não ter uma cena pós-créditos; inclusive por que uma cena que originalmente seria pós-créditos, foi incorporada no filme. Então, de certa forma, se você assistir “Godzilla vs. Kong”, você meio que verá a cena pós-créditos, só que ela vem antes dos créditos.

“Na verdade, filmamos uma cena pós-crédito, mas acabamos usando no filme”, disse Wingard recentemente ao SYFY WIRE e, embora ele não tenha revelado qual cena especificamente era essa, ele explicou que era “uma daquelas coisas em que filmamos como uma ideia e entramos na edição e percebemos ‘precisamos de um momento desses em um determinado ponto do filme’. Então acabamos fazendo aquela filmagem e usando em um contexto diferente no filme e realmente funcionou para nós”.

Dito isso, talvez haja uma razão ainda mais importante pela qual “Godzilla vs. Kong” não ter tido uma cena depois dos créditos. Enquanto os filmes anteriores do Monsterverse incluíram cenas pós-créditos – “Kong: A Ilha da Caveira” mostrou pinturas em caveiras que provocaram Mothra, Rodan e as estreias do Rei Ghidorah em “Godzilla 2: O Rei dos Monstros” (além de uma antiga provocação do confronto de Godzilla e King Kong) -, o novo filme não tem uma cena pós-créditos por que não tem nada em específico para provocar – pelo menos, ainda não. “Eu acho que é 100 por cento a escolha certa”, disse o diretor sobre a decisão de não incluir uma cena pós-creditos, “porque esta é a encruzilhada para o Monsterverse”.

Até este momento a Warner Bros. e a Legendary não confirmaram nenhum filma adicional para o MonsterVerse depois de “Godzilla vs. Kong” – um receio após a bilheteria decepcionante de “Godzilla 2: Rei dos Monstros”; enquanto “Godzilla” e “A Ilha da Caveira” fizeram cada um mais de US$ 500 milhões em bilheterias, “Godzilla 2” teve um desempenho inferior ao de US$ 200 milhões – uma decepção para um filme que custou US$ 100 milhões.

Com o resultado impressionante de “Godzilla vs. Kong” que, apesar de uma pandemia global em andamento, arrecadou quase US$ 150 milhões na sua primeira semana de estreia estabelecendo um recorde para a era pandêmica, fica claro que o MonsterVerse devem ter muito mais pela frente.

“O público tem que votar se quer ver mais ou não. Se as pessoas aparecerem e gostarem do filme, haverá mais”, continua Wingard. “Eu acho que é melhor não nos encaixarmos em nenhum canto, porque no final das contas, daqui para frente, esses filmes precisam ser calibrados pelo que as pessoas gostam sobre os filmes. Não de uma forma cansada de estúdio, mas de uma forma realista e fundamentada de ‘as pessoas estão respondendo?’ e ‘a que elas estão respondendo?'”.

Se o MonsterVerse ganhará mais filmes depois de “Godzilla vs. Kong” (provavelmente sim, mas) só o futuro dirá. Porém, seja como for, Wingard já imagina como poderia ser uma sequência no mundo pós-“Godzilla vs. Kong”: “Se houver uma sequência, vamos entrar menos em um enredo humano e mais em um tipo de filme de animação hiper-realista para essas coisas. Acho que podemos começar a nos inclinar mais para os monstros”.

Situado após os eventos de “Kong: Ilha da Caveira” e “Godzilla 2: Rei dos Monstros”, o novo longa do MonsterVerse, de acordo com sua sinopse oficial, se passa “em um mundo novo onde o homem e o monstro coexistem agora, Monarch deve liderar o caminho para um futuro próspero ao lado dos Titãs, mantendo a humanidade sob controle. No entanto, facções rivais que querem manipular os Titãs para a guerra começam a surgir sob o disfarce de conspiração nefasta, ameaçando acabar com toda a vida do planeta. Enquanto isso, na Ilha da Caveira, uma atividade sísmica estranha chama a atenção de Godzilla e Kong”.

Legendary e Warner Bros. deram início ao MonsterVerse em 2014 com uma reinicialização do “Godzilla”, um filme que abriu o caminho para uma nova visão de King Kong através do “Kong: A Ilha da Caveira” (que não achei muito bom). O capítulo mais recente da franquia veio no ano passado, quando “Godzilla 2: Rei dos Monstros” chegou aos cinemas e ajudou a configurar de uma forma muito maior o MonsterVerse.

Quando vimos Godzilla pela última vez em “Godzilla 2: Rei dos Monstros”, de 2019, ele derrotou o rei de três cabeças Ghidorah e todos os outros monstros revividos do mundo, e também conhecidos como “Titãs”, estavam se curvando a seu rei, que havia alcançado uma espécie de anti-herói também com a frágil raça humana que ele acabara meio que salvar.

O plano original era para que o MonsterVerse visse Godzilla e King Kong se enfrentando em um crossover épico, que seria lançado em março de 2020, uma data que acabou sendo alterada muito antes da pandemia destruir o calendário de lançamento. Mais tarde, o filme teve sua estreia marcada para novembro daquele mesmo ano, antes que fosse adiado para 21 de maio de 2021 devido à pandemia em curso, para finalmente ser totalmente adiantado para 26 de março, antes de ser adiado para 31 de março.

O adiantamento do filme veio após a resolução de um acordo da WarnerMedia (proprietária do HBO Max e da Warner Bros. que detém 25% deste filme) com a Legendary (o estúdio que financiou os outros 75% do longa), que tiveram um pequeno desentendimento sobre o lançamento simultâneo do filme nos cinemas e no streaming. Assim como todo o catálogo de lançamentos da Warner Bros., que inclui títulos como “Matrix 4” e “Duna”, o novo capítulo MonsterVerse estreou simultaneamente nos cinemas e no HBO Max, que será lançado em junho deste ano no Brasil.

Adam Wingard, o diretor de filmes de terror como “Você é o Próximo” e “O Hóspede”, bem como a adaptação da história em quadrinhos “Death Note” da Netflix, assume as funções de diretor aqui. Millie Bobby Brown e Kyle Chandler reprisam seus papéis de “Godzilla 2”, com Alexander Skarsgard, Rebecca Hall e Brian Tyree Henry estrelando como novos personagens.

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