Elisabeth Moss e Leigh Whannell falam sobre o final de “O Homem Invisível”

Por Redação Categoria Nerd
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“O Homem Invisível” foi uma das maiores surpresas do ano, se tornando um dos maiores sucessos do ano. O terror psicológico teve uma ótima recepção do público e crítica, com 91% de aprovação no Rotten Tomatoes, o filme já arrecadou mais de US$ 100 milhões em bilheterias em todo mundo, tendo um orçamento de apenas US$ 7 milhões.

Elisabeth Moss protagoniza o filme no papel de uma mulher que foge de um relacionamento abusivo, até que seu ex-namorado, que supostamente estaria morto, parece ter desenvolvido uma tecnologia para ficar invisível e agora a está perseguindo. Leigh Whannell escreve e dirige o longa, que traz uma atualização interessante e instigante da história original de H.G. Wells, ao mesmo tempo que consegue oferecer os sustos e tensões que são esperados em um filme de suspense.

Em recente entrevista, Elisabeth Moss e Leigh Whannell falaram sobre o filme. Para o diretor, o filme está aberto para que o público tire “seu próprio significado”, enquanto para a protagonista, o final do filme era necessário, “mesmo que seja complicado”.

CUIDADO: SPOILERS ABAIXO!

Elisabeth Moss em cena de “O Homem Invisível”. Foto/IMDb

A reviravolta do filme é quando Cecilia finalmente desmascara o homem invisível para descobrir que não é seu ex-namorado, mas o irmão de seu ex-namorado, Tom. Os policiais então encontram o ex de Cecilia amarrado como prisioneiro em seu porão, implicando que Tom aprisionou seu irmão e atormentou Cecilia.

Moss afirma que o ex de Cecilia, Adrian, estava no controle o tempo todo, e afirma que o filme faz uma referência a isso durante o final, quando Adrian usa um pouco da mesma linguagem que o então homem invisível sussurrou para Cecilia no início do filme.

“O irmão talvez tenha feito isso ou aquilo do lado para ajudar as coisas, mas, independentemente disso, [Adrian] orquestrou a coisa toda”, diz ela ao USA Today. “Ele tinha o terno, ele o desenhou. Ele escolheu usá-lo da maneira que ele fez. Então o irmão dele é uma das vítimas”.

Whannell não confirma, afirmando que prefere deixar o final para a interpretação do expectador: “Eu nunca iria contra a visão de alguém sobre um filme meu. O trabalho do público é desempacotá-lo e tirar seu próprio significado. Então, eu nunca gostaria de responder a essas perguntas apenas porque não gostaria de diluir sua visão do filme dizendo: ‘Bem, aqui está a resposta correta’. A verdade é que não há resposta correta”.

Elisabeth Moss e Oliver Jackson-Cohen em cena de “O Homem Invisível”. Foto/USA Today

Um ponto da história que está claro é a morte de Adrian, que acontece quando Cecilia esconde o traje de invisibilidade no banheiro e convida Adrian para jantar e o mata. Ela não é vista pelas câmeras, que apenas capturam a morte de Adrian como um suicídio que aconteceu enquanto ela estava no banheiro.

Para Moss a cena final é o momento certo de terminar o filme para Cecilia: “Eu não acho que você possa colocar um personagem nisso tudo e depois não ter uma redenção no final, mesmo que seja complicado. Mesmo que seja uma escolha que ela fez que ela acha que é sua única escolha, você precisa dar a esse personagem uma vitória no final. Você tem que trazê-la de volta daquele lugar e devolver-lhe suas forças. Você não quer assistir esse filme inteiro e depois morrer. Isso seria terrível!”

Whannell acrescenta: “Você pode imaginar se Bruce Willis morreria no final de ‘Duro de Matar’. Todo mundo iria querer seu dinheiro de volta. Horror e suspense permitem experimentação muito mais do que em outros gêneros. Você pode pegar esse filme de vanguarda realmente inovador e envolvê-lo em um thriller convencional”.

“O Homem Invisível” está em exibição nos cinemas brasileiros.

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