Editora cancela lançamento da autobiografia de Woody Allen

Por Redação Categoria Nerd
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A controversa autobiografia de Woody Allen foi cancelada pela editora, a Hachette que voltou a atrás na decisão de publicar e cancelou o contrato. O anúncio foi feito na sexta-feira (6), um dia depois dos protestos dos funcionários da empresa e de uma enxurrada de críticas pela decisão de publicar o livro do infame diretor, incluindo críticas dos filhos de Allen.

Na última quinta-feira (5) dezenas de funcionários da empresas deixaram seus escritórios como forma de protesto, para serem ouvidos pela empresa por suas queixas sobre a publicação do livro do diretor apontado como abusador sexual por sua própria filha.

Em comunicado a empresa disse que “a decisão de anular o livro do senhor Allen foi difícil de tomar”. Todos os direitos do livro agora retornarão a Allen, que deve iniciar uma nova busca por uma editora que aceite publica-lo.

Imagem mostra funcionários da Hachette fora de seus escritórios em protesto para que suas preocupações fossem ouvidas.

Allen, de 84 anos, é um escritor e diretor de filmes, como “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa”, chegou até mesmo a ser influente na industria do entretenimento.

Ele se tornou infame depois da acusação da sua filha, Dylan Farrow, de que ele a estuprou quando criança no inicio dos anos 90. Apesar de que ele tenha negado a acusação, e investigações não terem dado em nada. Ronan Farrow, filho de Allen, confirmou o relato de sua irmã.

Vale observar, que de qualquer forma, Allen é casado com sua filha adotiva, Soon-Yi Previn. O que torna a acusação de Farrow mais forte.

Ronan Farrow publicou agradecendo aos funcionários da Hachette e autores que fizeram a empresa por os ouvirem.

Inicialmente a editora tentou se esquivar da enxurrada de reclamações formais de seus funcionários, e até mesmo de Ronan Farrow que afirmou que no caso do livro ser publicado ele estará cortando relações com a empresa. Em comunicado, Farrow apontou a “falta de ética e compaixão pelas vítimas de abuso sexual” na decisão, agora cancelada, da Hachette.

A empresa tentou se esquivar das preocupações dos funcionários disse em comunicado que quer “envolver” sua equipe para uma “discussão”. “Respeitamos e entendemos a perspectiva de nossos funcionários que decidiram expressar sua preocupação com a publicação deste livro. Vamos envolver nossa equipe em uma discussão mais ampla sobre isso na primeira oportunidade”.

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