Diretor e animador de “Soul”, da Pixar, falam sobre o processo de criação dos visuais do filme

Por Redação Categoria Nerd
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“Soul”, o próximo filme da Pixar, se tornou em um enorme desafio para os animadores do estúdio: Afinal, como você pode dar vida à uma alma? Como você cria uma forma para representar a essência de um ser? Tudo é muito difícil e abstrato realmente.

Em uma sessão virtual para a imprensa, o diretor Pete Docter e o supervisor de animação Bobby Podesta revelaram alguns detalhes interessantes sobre o processo de criação dos visuais do tão esperado filme da Pixar e o desafio de dar forma à elementos mais espirituais e abstratos.

“Uma nova alma que ainda não nasceu olha para a Terra com ceticismo e diz: ‘Será que toda essa vida lá embaixo realmente vale a pena?’ E pensamos em convencer essa alma, vamos trazer um personagem que já viveu para mostrar o que há de tão bom no mundo lá embaixo, então o conceito básico do filme se tornou uma alma que não quer viver encontra uma alma que não quero morrer”, explica Docter. “Mas se íamos fazer um filme sobre almas, realmente nosso primeiro problema era: como é uma alma?”

Realmente um enorme desafio, mas como observa o IGN os animadores da Pixar tem um longo histórico de pesquisar os ambientes e elementos que irão retratar nas suas produções, seja se aventurando por aqui, na América do Sul, ou viajando pelo México para “Viva: A Vida é Uma Festa”.

Em parte, “Soul” acontece na cidade de Nova York e tem muitos elementos de jazz em cena, e eles pesquisaram sobre isso, mas a equipe criativa logo se deparou com um limite para sua pesquisa, que era como retratar o mundo das almas, um mundo com elementos fantásticos onde as almas obtêm suas personalidades, peculiaridades e interesses antes de se tornarem em si mesmo e virem ter uma experiência no mundo.

Na animação existe os Conselheiros, seres que podem se transformar no que quiserem, mas que “foram descritos como o universo se emburrecendo para que os humanos sejam capazes de compreender”, de acordo com Podesta.

Depois de “incontáveis” tentativas, desenhos e designs, a equipe de arte se estabeleceu em uma forma “que parecia tanto reconhecível como um personagem, mas maleável o suficiente para ser quase qualquer coisa”, conforme ele conta.

Eles encontram esse design, na forma de uma linha! “Você pode pensar: ‘Ei, isso é uma linha. Parece a coisa mais fácil do mundo de animar’. Mas na real, a tecnologia por trás da criação dos conselheiros é estonteante”, ele explica. “Não apenas qualquer linha embora. Estamos falando de uma linha viva. Uma obra de arte em uma forma que era compreensível, mas ainda etérea”.

“Então, para alcançar o senso de design dentro da animação, nossos animadores tiveram que desenhar em seus planos de fundo como artistas para criar uma performance visualmente deslumbrante, e é essa combinação de ser ator e artista que eleva a fasquia da Pixar a um nível que esperamos que continue a exceder as expectativas do nosso público”.

“Soul” vem do cineasta por trás de “DivertidaMente” e “Up! Altas Aventuras”, e conta a história de Joe, um professor de música do ensino médio cuja vida não foi da maneira que ele esperava. Mas justamente quando ele recebe sua grande chance ele sofre um acidente que transporta sua alma direto para a vida após a morte, onde determinado a retornar para sua vida, ele tenta descobrir o sentido da experiência humana para retornar ao mundo.

Originalmente “Soul” estava agendado para ter sido lançado em julho deste ano nos cinemas, mas devido à pandemia o filme será lançado diretamente no Disney+ em 25 de dezembro.

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