O Game Boy original de 1989 era um console portátil icônico, mas era necessário um fluxo constante de pilhas para continuar funcionando. Então o futuro chegou e pesquisadores de tecnologia desenvolveram uma versão do Game Boy que não usa bateria, ao invés disso, tudo que você precisa para jogar é um pouco de luz do sol e apertar os botões freneticamente.
Conforme informou o TheVerge, os pesquisadores substituíram o conjunto de quatro baterias AA por cinco fileiras de painéis solares, fixados na parte frontal, para fornecer a energia primária do dispositivo, que ainda conta com botões que coletam uma energia adicional.
Esta versão do Game Boy, que os pesquisadores chamam de Engage, roda qualquer jogo feito para o Game Boy original, e tem até um slot na parte de trás se você quiser inserir um cartucho de jogo original. No entanto, o dispositivo vem também com uma série de limitações.
Para começar, ele não reproduz som e sua tela LCD é absolutamente minúscula, o que resulta em um dispositivo com cerca de metade do peso do Game Boy original. Além disso, o pior de tudo é que ele tem o hábito de desligar constantemente, pois tem uma certa dificuldade em coletar energia suficiente para permanecer ligado continuamente.
Mas o Engage permite jogar continuamente, o que permite continuar exatamente de onde parou, mesmo no caso de ficar sem energia bem no meio da tentativa de dar um salto perfeito no Super Mario Land. Isso é possível graças a uma estrutura para armazenar dados status do sistema na memória que permite que você continue exatamente de onde parou. Embora não seja ideal, isso permite que você jogue jogos mais lentos com relativa facilidade.
Mais do que um projeto divertido, o projeto desenvolvido por pesquisadores da Northwestern University e da Delft University of Technology, é a prova de um conceito. O Engadget diz que quando eles começaram a construir seu Game Boy, a equipe do Engage queria mostrar que era possível criar um dispositivo interativo que não precisava de baterias.
Evidentemente essa ainda é uma versão experimental e inicial, que poderia ser bem desenvolvida no futuro. E claro, vai demorar muito antes que o switch e outros componentes eletrônicos não precisem de baterias. Mas ainda é um passo significativo para o campo da computação intermitente.
“Isso não poderia ter sido possível nem quatro ou cinco anos atrás”, afirmou Josiah Hester, um dos pesquisadores do projeto, ao CNET. Depois de apresentar suas descobertas em setembro, a equipe planeja continuar trabalhando no seu Game Boy, e uma das coisas que eles desejam fazer é encontrar uma maneira de reduzir as interrupções de energia.
