Com “Entre Realidades”, Alison Brie reconta a história real de sua família com esquizofrenia paranoica

Por Redação Categoria Nerd
3 Min Read

Alison Brie é conhecida por seus papéis em comédia como nas séries “Community” e “Glow”. Mas em “Entre Realidades” ela apresentou um trabalho diferente, trazendo um ângulo dramático no terror psicológico dirigido por Jeff Baena, inspirando na história real de sua família.

Para ela o que torna a premissa do thriller interessante, é que não existe “nada mais aterrorizante do que não poder confiar em sua própria mente”.

“Entre Realidades” apresenta Brie como uma jovem socialmente desajeitada chamada Sarah, cuja realidade é revertida depois que seus sonhos lúcidos bizarros começaram a tomar forma na sua vida real. A família de Sarah tem um histórico de doença mental e, à medida que o personagem cai mais fundo na desilusão, ela questiona se está ou não destinada a um destino semelhante de doença mental.

Brie, que co-escreveu o roteiro do filme com Baena, revelou que o projeto era muito mais pessoal para ela do que alguns poderiam esperar. A família de Brie tem um histórico de doença mental, e foi ao explorar seu próprio relacionamento com a história de sua família que Brie desvendou a personagem que ela interpreta no filme.

“É um projeto bastante pessoal para mim”, disse Brie ao IndieWire sobre o longa. “Muito da história da família da minha personagem é baseada no meu próprio histórico e na experiência da minha própria família com doenças mentais. A mãe de minha mãe vivia com esquizofrenia paranoica e eu cresci ouvindo histórias sobre ela e a infância de minha mãe e apenas sabendo que havia doença mental na minha linhagem. Quanto mais velha fico e mais tenho meus próprios episódios de depressão e lutas, fico ciente de que essa [doença mental] está no meu DNA. Essa foi uma premissa interessante para um thriller. Não consigo pensar em nada mais aterrorizante do que não poder confiar em sua própria mente”.

Durante a estreia do longa no Sundance Film Festival 2020, Baena e Brie contaram ao IndieWire que era importante fazer um filme sobre doença mental que não fosse propriamente um “filme de doença mental”. Baena acredita que atribuir um gênero ao filme reduz o impacto da mensagem que o filme tenta passar.

“Não pretendíamos fazer um filme de saúde mental de forma alguma”, acrescentou Brie. “Investigamos profundamente quem é essa personagem e partimos para a aventura com ela. Queremos que o público sinta que está no lugar dela e a entenda, simpatizando com ela”.

“Entre Realidades” está disponível no catálogo da Netflix.

Compartilhe