A CNN tem planos de lançar um novo serviço de streaming, apesar do fracasso anterior do CNN+ que atraiu menos de 10 mil usuários diários em 2019. O projeto vem em meio a uma grande reestruturação da empresa, que inclui a demissão de 200 funcionários, cerca de 6% de sua força de trabalho.
O CEO da CNN, Mark Thompson, está convencido de que (desta vez) existe uma “demanda imensa” por um serviço de streaming do canal de notícias e diz que a reestruturação é uma resposta às “mudanças profundas e irreversíveis na forma como o público na América e ao redor do mundo consome notícias”.
Não está claro de onde vem essa “demanda imensa” por um serviço de streaming da CNN, ainda mais considerando que a maioria dos programas do canal já estão disponível no Max, o serviço de streaming da empresa controladora da CNN, Warner Bros. Discovery.
Thompson disse que a CNN “continuará a ter uma forte presença no Max, mas também acreditamos que não é uma resposta completa para o futuro da grande experiência linear da CNN”.

Enquanto 200 funcionários da rede de notícias ficam desempregados, a empresa vai contratar outros 100 funcionários nos próximos meses especificamente para o projeto de serviço de streaming graças a um investimento de US$ 70 milhões de sua empresa-mãe Warner Bros. Discovery.
Segundo ele, a CNN também planeja expandir seus negócios digitais com novas ofertas para assinantes baseadas em notícias “essenciais” apresentadas em “formatos atraentes”, combinadas com ofertas atraentes. Thompson disse ainda que a CNN terá uma nova programação de TV, em uma medida que pretende “fortalecer nossa programação doméstica ao longo do dia e entregar programação internacional para um público mais amplo ao redor do mundo”.
Thompson assumiu o cargo de CEO da CNN no ano passado após a demissão de Chris Licht. O ex-CEO da The New York Times Company foi encarregado de virar dar a volta por cima para a rede de notícias e, em particular, determinar um futuro digital para o negócio. Em outubro de 2024, a rede lançou uma assinatura do CNN.com por US$ 3,99 por mês ou US$ 29,99 por ano, o que pode servir como prelúdio para este novo empreendimento de streaming. Não parece um sucesso, diga-se de passagem.