Músicas podem ser irritantes, principalmente quando são tocada sem parar. Sabendo disso o governo de West Palm Beach, na Flórida, começou a usar o viral “Baby Shark” como arma de guerra contra pessoas em situação de rua para que não passem a noite em locais públicos.
“É uma música muito chata”, disse o prefeito que alega que a medida tem dado “certo”.
Todos os dias às dez horas da noite começa a tocar a irritante canção infantil, que dura apenas 1 minuto e 45 segundos, mas a loucura dura oito horas, até o sol nascer.
Para que as músicas desagradáveis atinjam as pessoas em situação de rua, foram instalados alto-falantes em pontos estratégicos no Pavilhão do Lago à Beira-Mar e no Grande Gramado.
A porta-voz da prefeitura alegou ao The Washgton Post que o volume da música estaria respeitando a lei municipal e que a medida seria temporária.
“Ter que viver sem um lar é cansativo – fisicamente, mentalmente, emocionalmente, em todos os sentidos”, revelou Bobby Watts, executivo-chefe do Conselho Nacional de Saúde para os Sem-Teto, ao site Rewire.News.
“As pessoas pagam caro para usar o pavilhão”, disse Keith James, prefeito da cidade, que continuou alegando que quer “que elas tenham uma boa experiência lá”.
“Raining Tacos” é outra música chata usada no ciclo contínuo de músicas torturantes.
“Acho bom que esta história esteja atraindo muita atenção, porque espero que isso abra uma conversa mais ampla, uma discussão nacional sobre a situação dos sem-teto em todo o país”, disse James.
Fonte: The Washington Post e Folha de S.Paulo;
