Bong Joon-Ho, cineasta responsável por “Parasita”, aclamado longa coreano vencedor do Oscar de Melhor Filme deste ano, falou sobre a importância de fortalecer filmes nacionais, as informações são da BBC News Brasil.
Joon-Ho falou sobre a importância de cotas para exibição de filmes nacionais, e como isso ajudou a fortalecer a indústria cinematográfica coreana: “Houve dificuldades e uma grande luta. Agora, o público gosta e está acostumado com os atores e diretores coreanos”.
O cineasta assistiu em Londres na última sexta-feira (6) a uma sessão de “Bacurau”, filme brasileiro de Kleber Mendonça e Juliano Dornelles. Depois da exibição os diretores falaram sobre a situação dos indústria brasileira instaurada pelo ex-deputado Jair Bolsonaro e agradeceram a presença de Joon-Ho.
O cineasta falou ainda sobre o filme e pediu mais apoio do governo brasileiro para indústria do país: “Tem uma energia única, traz uma força enigmática e primitiva”, diz. “Eu espero que o governo brasileiro apoie mais a indústria de cinema brasileira e seus incríveis cineastas, como Kleber Mendonça e Juliano Dornelles. A indústria cinematográfica é arriscada e precisa de segurança e estabilidade”.
Comparando os dois filmes, o cineasta ainda brinca dizendo que os personagens de “Bacurau” são mais “legais” por estarem “muito mais bravos”: “infelizmente as pessoas das classes baixas em ‘Parasita’ nunca ficam tão bravas quanto as de ‘Bacurau’, nunca pegam em armas! Tão triste (risos)! Os meus só querem um pouco de dinheiro!”
Joon-Ho é responsável pelo longa coreano que fez história, sendo o primeiro filme em idioma não-inglês a vencer o Oscar de Melhor Filme.
Anteriormente ao ganhar o Globo de Ouro, Joon-Hoo disse que quando o público superar “apenas alguns centímetros da barreira das legendas”, irão descobrir “tantos filmes incríveis”.
