Anthony Hopkins estava dormindo quando ganhou o Oscar de melhor ator por “Meu Pai”

Por Redação Categoria Nerd
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Anthony Hopkins teve uma vitória inesperada no Oscar 2021 ao ganhar o prêmio de melhor ator por seu desempenho em “Meu Pai”, um drama sobre demência e envelhecimento da Sony Pictures. Mas só tem uma coisa: o célebre ator de 83 anos não fazia ideia de que havia ganhado o prêmio de melhor ator e se tornando num recordista como ator mais velho a ganhar um Oscar.

“Tony estava no País de Gales, onde cresceu, e estava dormindo às 4 da manhã quando eu o acordei para lhe contar a notícia”, disse o agente de longa data do ator, Jeremy Barber, à People. “Ele estava tão feliz e tão agradecido”.

Barber continuou explicando que Hopkins não pode estar presente para receber o prêmio devido à problemas de deslocamentos gerados pela pandemia, uma vez que ele está em seu país natal, o País de Gales, mas que Hopkins “amou seu papel em ‘Meu Pai’ – é sua atuação de maior orgulho – e ser o ator vivo mais velho a vencer na categoria significa muito para ele”. 

Olivia Colman e Anthony Hopkins em “Meu Pai”, da Sony Pictures. Foto: Vox Media

Esta foi a sexta indicação de Hopkins ao Oscar; ele superou nomes como RizxAhmed, indicado por sua atuação em “O Som do Silêncio”; Steven Yeun, indicado por “Minari”; Gary Oldman, indicado por “Mank”; e até o falecido Chadwick Boseman, indicado por “A Voz Suprema do Soul”.

Em “Meu Pai”, Anthony Hopkins interpreta um homem de 80 anos chamado Anthony que sofre com demência e que rejeita desafiadoramente os cuidadores que sua filha Anne (Olivia Colman) apresenta. À medida que sua condição piora, a confusão de Anthony em torno de suas memórias afeta todo o seu ser, sua identidade e os relacionamentos ao seu redor.

Esta é a sinopse oficial: “Tudo o que Anthony sempre quis foi ser pai para seus filhos e marido para sua esposa, mas a providência tem um plano totalmente diferente”. O filme, dirigido e coescrito por Florian Zeller, traz a questão da demência para o primeiro plano com seu personagem principal sofrendo com Alzheimer, a causa mais comum de demência.

“Meu Pai” começa como um drama aparentemente simples, articulado em uma dinâmica aparentemente familiar. Anne (Colman) está perdendo a paciência com seu pai de 80 anos, Anthony (Hopkins), cujo controle da realidade está desaparecendo, mas que se recusa a permitir que um cuidador cuide dele. Ela está se mudando para Paris e precisa garantir a segurança dele enquanto estiver fora, portanto, antes de partir, ela deve encontrar alguém que ele aceite. Para Anthony, a vida se tornou uma fonte de confusão sempre desorientadora e, em um golpe narrativo, a história é contada conforme os personagens e os locais mudam e nós nos tornamos tão confusos quanto ele.

Hopkins ganhou o seu primeiro Oscar em 1993 por sua atuação memorável como o psiquiatra especialista e assassino em série canibal Dr. Hannibal Lecter no thriller psicológico de 1992 “O Silêncio dos Inocentes”. Ele ainda seria indicado outras cinco vezes, até vencer por “Meu Pai”.

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