A Airbnb vai demitir 1,9 mil funcionários, ou 25,3% de sua força de trabalho global. A empresa bilionária alegou quedas de receita e necessidade de reduzir custos em um comunicado aos funcionários na terça-feira (5), obtido pela CNBC.
O CEO da empresa, Brian Chesky culpou a crise que estaria sendo provocada pela pandemia global como motivo para as demissões. “Estamos vivendo coletivamente a crise mais angustiante de nossas vidas e, quando ela começou a se desenrolar, as viagens globais pararam”, escreveu Chesky aos funcionários. “Os negócios do Airbnb foram duramente atingidos, com receita prevista para este ano em menos da metade do que conquistamos em 2019”.
“Tenho um profundo sentimento de amor por todos vocês”, continuou. “Nossa missão não é apenas viajar. Quando começamos o Airbnb, nosso slogan original era: ‘Viaje como um ser humano’. A parte humana sempre foi mais importante que a parte da viagem. O que nos interessa é pertencer, e no centro da pertença está o amor”.
Falando diretamente para as pessoas que perderam seus trabalhos, o executivo escreveu: “Eu realmente sinto muito. Por favor, saiba que isso não é sua culpa. O mundo nunca deixará de procurar as qualidades e talentos que você trouxe para o Airbnb… que ajudaram a fazer o Airbnb. Quero agradecer, do fundo do meu coração, por compartilhá-los conosco”.
Antes das demissões, o Airbnb tinha 7,5 mil funcionários, segundo o comunicado. Chesky ainda disse que a empresa interromperá projetos relacionados a hotéis, uma divisão de transporte e estadias de luxo. Apesar de ter registrado lucro de US$ 200 milhões em 2018, relatórios apontam que a empresa teve prejuízos no último ano.
Em abril a companhia levantou mais de US$ 1 bilhão para injeção de capital com objetivo de se manter estável e oferecer um pagamento para seus parceiros, que foram prejudicados com os cancelamentos das estadias devido à pandemia.
