Chris Evans se tornou a cara do Capitão América, depois de dar vida ao personagem dos quadrinhos no universo de filmes da Marvel. Mas antes de iniciar sua jornada no papel de Steve Rogers, ele chegou a recusar o papel por causa da ansiedade intensa que enfrentava na época.
Em entrevista ao podcast do THR, ele contou que este foi um período conturbado para ele, que começava a se questionar se deveria continuar atuando: “Há um período em que você começa a pensar: ‘Cara, eu não posso fazer um bom filme, não sei o que é’. Eu me perguntava quantas chances eu vou ter nisso”.
Evans também sentia que estava perdendo muitos bons papéis, ao mesmo tempo que sentia que seus bons trabalhos não eram vistos: “Ninguém vê meus bons filmes”, disse rindo.
Mas logo Evans conseguiu um papel importante em uma franquia de super-heróis da Marvel, em “Quarteto Fantástico”, como Johnny Storm, o Tocha Humana. “Isso foi quando a coisa dos super-heróis estava decolando”, ele lembra, acrescentando que estava passando por um rompimento: “Eu tinha acabado de ser dispensado e precisava!”
No set de “Código de Honra” em 2010, ele percebeu sua ansiedade aumentar à níveis muito prejudiciais para sua saúde: “Foi a primeira vez que comecei a ter mini ataques de pânico no set”, conta. “Eu realmente comecei a pensar: ‘Não tenho certeza se isso é a coisa certa para mim, não tenho certeza se estou me sentindo tão saudável quanto deveria'”.
Então a Marvel o chamou para fazer um teste para um importante papel, o de Steve Rogers, mais conhecido como Capitão América. Essa era uma oportunidade de contrato para nove filmes com um grande pagamento, além de poder finalmente alavancar sua carreira. Mas Evans recusou: “Meu sofrimento seria meu”, dizia.
Mas para a surpresa de Evans, a Marvel voltou a lhe oferecer o papel, o que o fez reconsiderar sua decisão. Dessa vez ele consultou até Robert Downey Jr., terapeuta, amigos e familiares, que o aconselharam a não tomar uma decisão importante com base no medo. Ele finalmente decidiu dizer que sim.
Uma década depois ele observa: “Foi a melhor decisão que já tomei, e realmente devo isso ao Kevin Feige por ser persistente e me ajudar a evitar um grande erro”, ele disse. “Para ser sincero, todas as coisas que eu temia nunca foram concretizadas. Eu me apaixonei por Steve Rogers muito rapidamente”.
Evans acrescenta que encontrou conforto em trabalhar ao lado de Chris Hemsworth. “Foi bom ter Chris Hemsworth por perto, porque ele estava passando por isso também. Na época, Downey era o Downey, Scarlett era a Scarlett. E Ruffalo e Renner também já estavam arrasando”.
“Hemsworth e eu éramos muito novos e também tínhamos os independentes, então acho que compartilhamos nossa ansiedade, e pelo menos isso o tornou um pouco mais reconfortante”, conclui.
