O 280º aniversário de Jeanne Baret está sendo marcado com uma homenagem na página inicial da Google, que está apresentando um Doodle para celebrar a histórica exploradora e botânica, que se tornou a primeira mulher a circunavegar o mundo – mas não sem quebrar algumas leis para isso.
No início da década de 1760, ela começou a trabalhar com o botânico Philibert Commerson – com quem teve um relacionamento. Quando a França organizou a primeira viagem à Terra em 1765, Commerson foi convidado como botânico do grupo. No entanto, a lei francesa proibia mulheres em expedições, então Baret apareceu como homem para participar. O casal coletou mais de 6.000 amostras de plantas durante a viagem.
No Doodle encontramos uma figura de Baret em um barco liderando uma navegação e pronta para novas descobertas (curiosamente a imagem está cheia de referências à história da exploradora) – confira abaixo:
“Comecei reunindo referências que poderiam ser inspiradoras – mapas náuticos da década de 1760, amostras botânicas, ilustrações feitas anteriormente por Jeanne Baret”, conta Sophie Diao, responsável pelo Doodle. “Eu queria que o Doodle combinasse seu lado botânico com seu lado aventureiro. Ser a primeira mulher a circunavegar o globo não é pouca coisa!”
Ela também conta que se inspirou nas Bungavílias e espera que as pessoas conheçam a história da exploradora: “Jeanne Baret tirou uma amostra dessa videira em flor quando viajava pelo Brasil. Eu sempre amei esta planta e definitivamente queria incluí-la”, ela disse. ” Essa história está cheia de histórias únicas de aventureiros como Jeanne Baret, e às vezes a verdade é mais estranha que a ficção”.
Jeanne Baret nasceu em 27 de julho de 1740 em Autun, no centro da França. Devido a sua infância rural, ela se tornou uma especialista em identificar plantas ganhando reconhecimento como especialista local em medicina de plantas.
Conforme relata a NPR, a identidade de Baret teria sido descoberta quando a tripulação chegasse ao Pacífico Sul, com muitos sugerindo que o povo do Taiti imediatamente como mulher – embora estes acontecimentos não estejam precisos.
Segundo a escritora Glynis Ridley, é provável que Baret tenha descoberto muitas plantas na expedição, que foi feita em conjunto com outros profissionais. Ela é creditada especificamente Baret a descoberta das bunganvílias enquanto a tripulação esteve no Brasil.
Em 5 de agosto de 1807, Baret finalizou sua trajetória aos 67 anos de idade.