Disney demite 14% dos funcionários da Pixar enquanto reestrutura estúdio

Em reestruturação, o estúdio se concentrará em filmes para cinemas e reduzir produções para streaming.

Por Redação Categoria Nerd
3 Min Read
Resumo
  • A Disney demite 14% dos funcionários da Pixar em reestruturação para focar em filmes para cinemas e reduzir produções para streaming.
  • A reestruturação reflete a reestruturação da Disney como um todo e uma mudança de estratégia em relação ao streaming pela corporação.
  • A Pixar enfrentou desafios nos últimos anos, com alguns tropeços em filmes como o spin-off "Buzzlightyer" e o desempenho morno de "Elementos".

A Disney começou a demitir cerca de 14% de sua força de trabalho enquanto o estúdio passa por uma reestruturação que reduzirá o desenvolvimento de produções originais de streaming, enquanto se concentra mais uma vez na produção de filmes para cinemas.

Aproximadamente 175 pessoas serão afetadas pelos cortes de empregos na Pixar Animation Studios, que produziu filmes clássicos como “Toy Story” e “Up: Altas Aventuras”, informou o The Guardian.

Embora tenha sido uma vez uma máquina de sucessos incontestáveis, a Pixar enfrentou desafios nos últimos anos.

O CEO da Disney, Bob Iger, apontou que a empresa se desviou de sua essência, priorizando agendas sobre narrativas e quantidade sobre qualidade. Essa mudança de direção levou a alguns tropeços, como o fracasso do spin-off “Buzzlightyer” e o desempenho morno de “Elementos”, que embora tenha ganhado força com o boca a boca, não alcançou os patamares financeiros de sucessos anteriores.

Na imagem algumas das produções de sucesso da Pixar, “Viva: A Vida é Uma Festa”, “Carros”, “Toy Story”, “Os Incríveis” e “Soul”, respectivamente; a logo do estúdio é um abajur, referência ao primeiro curta-metragem da Pixar Animation Studios. Foto: Reprodução

A reestruturação também reflete uma correção de rumo em relação ao streaming. A Disney sugeriu anteriormente que “acostumar” o público a esperar lançamentos da Pixar diretamente no seu serviço de streaming, Disney+ (onde longas como “Luca”, “Soul” e “Red” estrearam), foi um erro estratégico. O estúdio quer que o público volte a pagar ingressos de cinema por seus filmes.

Uma única série original da Pixar, “Win or Lose”, sobre um time misto de softball, será lançado este ano no Disney+.

Por enquanto, a Pixar tem esperanças de que a maré esteja prestes a mudar com o lançamento iminente de “DivertidaMente 2”, a aguardada sequência de um de seus maiores sucessos, no próximo mês.

Os cortes de empregos já eram esperados, com rumores circulando desde janeiro sobre uma redução na equipe da pioneira da animação digital como parte de uma estratégia da Disney para tornar sua divisão de streaming (que inclui Disney+, Star+ e Hulu) mais lucrativa.

A reestruturação não afeta apenas a Pixar, mas toda a Disney. Toda a divisão de animação da Disney está se concentrando em expandir suas franquias, com sequências para “Toy Story”, “Frozen”, “Zootopia” e “Moana” já a caminho, após fracassos como “Wish: O Poder dos Desejos”. A Marvel também teve o freio puxado após grandes fracassos como “As Marvels”; o estúdio terá um único lançamento em 2024 que é a entrada da franquia “Deadpool” ao seu universo cinematográfico de filmes e séries compartilhados (MCU).

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