CEO da Netflix, Reed Hastings, explica por que a plataforma não tem propaganda

Por Redação Categoria Nerd
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Reed Hastings, CEO e cofundador da Netflix, revelou que a empresa não exibirá anúncios, explicando que a publicidade não faz parte do modelo de negócios da empresa desde sua fundação em 1997. Hastings observa ainda que não se opõe aos anúncios em um nível “filosófico”, ele simplesmente não acha que eles atendam da melhor forma os interesses do negócio que dirige.

Falando recentemente com a Variety sobre seu livro, ele disse que o motivo pelo qual o serviço evitou os anúncios é que “há muito mais crescimento no mercado de consumo do que na publicidade”, acrescentando que não quer brigar com os concorrentes por dólares de publicidade e que o mercado de anúncio está encolhendo e não crescendo.

Reed Hastings, CEO e cofundador da Netflix. Foto/Vox Media

“Definitivamente não é uma regra. É um julgamento. É uma ideia de que podemos construir um negócio melhor, um negócio mais valioso [sem publicidade]. Sabe, a publicidade parece fácil até você entrar nela”, explica. “Então você percebe que precisa arrancar essa receita de outros lugares, porque o mercado total de anúncios não está crescendo e, na verdade, está encolhendo neste momento. É um combate corpo a corpo para fazer as pessoas gastarem menos no ABC e mais no Netflix. Há muito mais crescimento no mercado consumidor do que na publicidade, que é bastante estável”.

“Abrimos o capital há 20 anos atrás por cerca de um dólar por ação e agora estamos em US$ 500”, acrescentou Hastings, argumentando que a empresa teve sucesso sem anúncios. “Então, eu diria que nossa estratégia focada em assinatura funcionou muito bem. Mas é basicamente o que pensamos ser o melhor capitalismo, em oposição a uma coisa filosófica”.

Hastings está lançando um livro, intitulado “No Rules Rules: Netflix and the Culture of Reinvention”, não é sobre publicidade mas sim sobre como é o funcionamento de um negócio sem regras. “A chave é abraçar o gerenciamento à beira do caos”, diz ele. “Essa é a mensagem do livro.”

“Eu me beneficiei tanto ao longo dos últimos 20 anos com a leitura de livros de outras pessoas que queria fazer o pagamento adiantado e ajudar a próxima geração de organizações jovens a tentar descobrir novos paradigmas”, ele conta. “Temos esse modelo de hierarquia de cima para baixo […] há outras maneiras de operar, e queríamos argumentar que é um bom negócio administrar sem regras – o que é uma afirmação surpreendente”.

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